O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) manteve a absolvição do técnico Jorge Sampaoli, do Atlético, e do analista de desempenho do clube, Diogo Alves. Eles foram denunciados pela Procuradoria da Justiça Desportiva por ocorrências na goleada sobre o Flamengo, por 4 a 0, no Mineirão, pela abertura do returno do Campeonato Brasileiro, no dia 8 de novembro. Suspenso por ter recebido três cartões amarelos — pela segunda vez na competição —, o argentino não poderia estar no estádio e trocar informações com o integrante da comissão técnica.
Sampaoli foi julgado e absolvido pela 2ª Comissão Disciplinar do STJD em 15 de dezembro. A Procuradoria, no entanto, entrou com recurso no Pleno. Com unanimidade de votos, o treinador alvinegro foi absolvido mais uma vez.
Na denúncia, a Procuradoria destacou que o treinador não poderia estar no Mineirão em função da suspensão. Ainda foi citada uma comunicação de Sampaoli com o analista de desempenho que estava no banco de reservas.
"Em que pese ter uma atuação com evidencias jornalísticas, a fundamentação primordial da Comissão de origem foi se basear no artigo 58-A do CBJD que diz que o ônus incumbe à Procuradoria. A Procuradoria comprovou com material e ficou demonstrada a questão do contato no celular no mesmo tempo...Entende a Procuradoria que é vedado o comparecimento dele e a permanência seria burlar as regras da competição e ainda assim estar presente em um outro setor do estádio fornecendo orientações técnicas que não deveriam fornecer”, destacou a subprocuradora-geral, Julia Gelli.
Em defesa do treinador do Atlético esteve o advogado do clube, Lucas Otoni, que destacou a liberação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que Sampaoli estivesse no Mineirão no jogo contra o Flamengo.
"A CBF que faz os protocolos e através do Diretor de Competições deu autorização expressa para o Jorge Sampaoli estar na partida e estava como membro do Staff. Existia autorização expressa da CBF. Ele cumpriu todas as observâncias necessárias para estar no estádio. Não há relato nenhum do delegado ou do árbitro no sentido de uso de eletrônicos. A própria Procuradoria não tem provas concretas dessa comunicação. Não se pode condenar por achismo. O pedido é pela absolvição".
Com a absolvição no Pleno do STJD, Sampaoli está liberado para comandar o Atlético na partida contra o Atlético-GO, domingo, às 18h15, no Mineirão, em partida válida pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro.