Em meio a questionamentos do novo presidente Sérgio Coelho sobre as categorias de base, o Atlético se classificou às semifinais do Campeonato Brasileiro Sub-20 pela primeira vez desde 2009.
Nesse domingo, o time eliminou o Palmeiras com uma vitória por 1 a 0, em Belo Horizonte, e se credenciou a enfrentar o Corinthians na etapa que precede a decisão da competição.
Foram dez anos seguidos em que o Atlético não conseguiu chegar entre os quatro melhores do Brasileirão Sub-20. No período, a equipe alvinegra foi eliminada oito vezes consecutivas ainda na primeira fase (entre 2011 e 2018) e duas nas quartas de final (2010 e 2019).
Em 2009, o Galinho superou o Fluminense na semifinal. Na decisão, o time foi derrotado pelo Grêmio por 1 a 0. À época, a competição era disputada integralmente no Rio Grande do Sul.
O modelo atual de disputa, com sedes em vários estados, foi implementado em 2015, quando a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) encerrou parceria com a Federação Gaúcha (FGF).
Ao longo da década sem semifinais do Brasileirão sub-20, o Atlético conquistou um título relevante na categoria: a Copa do Brasil de 2017. Na ocasião, o time alvinegro derrotou o Flamengo na decisão.
Base contestada
Apesar do bom momento no sub-20, a base do Atlético sofrerá modificações administrativas e conceituais a partir deste ano. As alterações passam pelo desejo do novo presidente alvinegro, Sérgio Coelho, que assume oficialmente o cargo nesta segunda-feira.
O mandatário quer reformular a estrutura de poder e descentralizar o processo de tomada de decisões na base. No modelo atual de gestão, o principal responsável pelo setor é o “diretor das categorias de base”, posto ocupado desde maio de 2019 por Júnior Chávare.
A ideia de Coelho é dividir as responsabilidades do cargo entre pelo menos dois profissionais: um ficará por conta da parte técnica e o outro da administrativa. Nesse processo, Chávare tem futuro indefinido à frente do clube.
Outra mudança na base deve ser no processo de captação de jovens talentos. Atualmente, o projeto prioriza a contratação de jogadores em fases mais avançadas de formação (a partir dos 16 anos). O novo mandatário, porém, entender que o ideal é buscar atletas ainda mais novos.