O imbróglio judicial envolvendo Uilson, do Coimbra, e o Atlético, teve um novo capítulo nesta terça-feira. O goleiro, revelado pelo alvinegro, acionou o clube na Justiça pedindo R$ 1,6 milhão. Em segunda instância, o Galo foi condenado a pagar “apenas” R$ 20 mil. Desta forma, o jogador ficou no prejuízo de R$ 140 mil, por causa dos honorários sucumbenciais da causa.
Uilson acionou o Galo na Justiça em abril deste ano. O goleiro ficou no clube entre 2008 e janeiro de 2020. O processo era no valor de R$1.671.801,00. Entre os pedidos do atual arqueiro do Coimbra estavam diferenças salariais (R$790 mil), pagamento de férias não gozadas, verbas rescisórias, duas multas de artigos da CLT e indenização não substitutiva no valor de 13 salários (R$455 mil) por não contratação de seguro obrigatório.
No primeiro julgamento, em setembro, o Atlético foi condenado a pagar R$ 60 mil ao goleiro. No entanto, por causa dos valores de honorários sucumbenciais, Uilson teria que receber R$ 44 mil.
Já na segunda instância, o Atlético foi condenado a pagar R$ 20 mil ao goleiro, que ficou no prejuízo de R$ 140 mil, como revelou Lásaro Cândido da Cunha, vice-presidente do clube mineiro.
“Ex-goleiro Uilson acionou o Atlético na justiça do trabalho pleiteando mais de um milhão e seiscentos mil reais. Hoje o TRT acolheu quase que a integralidade do recurso do clube. O jogador ‘ganhou’ 20.000 reais e terá q pagar 160.000 mil de honorários...saiu devendo”, publicou nas redes sociais.
Ainda cabe recurso no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.
Passagem pelo Galo
Natural de Nanuque, no Norte de Minas, Uilson disputou apenas 13 partidas como profissional do Atlético - sofreu 14 gols. Ele foi prejudicado por dois problemas seguidos no joelho direito, que o afastaram dos gramados em 2017 e 2018. O goleiro acabou liberado pelo departamento médico em outubro de 2019, depois de 23 meses fora de ação, mas ainda estava em período de transição para o campo.
Uilson, de 25 anos, chegou a ser destaque na Florida Cup, em 2017, quando foi eleito o melhor jogador do torneio nos Estados Unidos. No ano anterior, ele conquistou o inédito ouro olímpico com a Seleção Brasileira, sob o comando do técnico Rogério Micale, no Rio de Janeiro, mas ficou na reserva de Wéverton, que defende o Palmeiras.
Ele se despediu do Atlético no início de janeiro deste ano.