O Atlético chegou ao quarto jogo seguido sem vitória no Campeonato Brasileiro. Diferentemente dos últimos jogos, o time não conseguiu criar muitas oportunidades claras de gol e acabou se desorganizando defensivamente. Prato cheio para o Palmeiras, que esperava a chance de matar o jogo em contra-ataques. A derrota por 3 a 0 expõe alguns pontos negativos do Galo nas últimas partidas.
De acordo com o técnico Jorge Sampaoli, o Atlético já imaginava qual seria a estratégia do Palmeiras. No entanto, o treinador entende que o grau de competitividade da equipe não foi tão alto.
“Um jogo que nós pensávamos que seria dessa forma. Lamentavelmente não pudemos combater o que sabíamos que ia acontecer. Planejamos um jogo de mais controle, sem tantas perdas (de bola), porque o rival estava à espera de transições rápidas. Mas, lamentavelmente, o grau de competitividade não foi tão alto em relação ao jogo que que nos cabia jogar”, disse.
Mais uma vez, o Atlético sofreu com os contra-ataques do adversário (aconteceu também contra Corinthians, Botafogo, Santos, Fortaleza e Bahia). Para o técnico argentino, isso acontece pela impotência ofensiva durante os jogos. Sem conseguir marcar, a equipe se desespera e vai com vários jogadores ao campo ofensivo. Desta forma, se expõe aos adversários.
“Pela impotência ofensiva (sofremos três gols de novo). A equipe quer alcançar, por meio da desordem, gerar situações que não podemos gerar com os jogadores que estão mais à frente. Então, há uma desorganização no ataque e equipes como Palmeiras, que estão preparadas somente para contragolpear, nos fazem dano. Nós tivemos, no segundo gol, muita gente na área do rival. E aí nasce uma jogada em que o Palmeiras acaba definindo a partida”.
Como corrigir? Sampaoli explica que a equipe não vai conseguir se organizar melhor na fase ofensiva mesmo com um número elevado de jogadores dentro da área adversária. Para o treinador, o momento é de melhorar a criatividade no campo de ataque para não sofrer tanto na recomposição.
“Primeiro, saber que o time não vai melhorar atacando com mais gente, seis jogadores, desequilibrando-se, como fez no segundo tempo. Porque o time teve muitas possibilidades de concretizar, não conseguiu (fazer gols), e isso gerou uma desordem que nos expôs na transição. Coisa que, reitero, nossa aprendizagem como time no jogo tem a ver com a realidade. Não tivemos muita criatividade ofensiva e isso nos desespera um pouco e nos gera deficiências defensivas”, concluiu.