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CAMPEONATO BRASILEIRO

Atlético 'apaga' no segundo tempo, leva virada do Bahia e cai para 3º no Brasileiro

Resultado faz com que time alvinegro fique atrás de Inter e Flamengo

João Vitor Marques
Atlético abriu o placar em Salvador, mas levou virada do Bahia - Foto: Felipe Oliveira/Bahia EC
O primeiro tempo do Atlético na noite desta segunda-feira foi de manual: posse de bola, segurança defensiva e vantagem. O segundo, porém, foi para esquecer. Após abrir o placar com Savarino, o time alvinegro sofreu um ‘apagão’ em Pituaçu, sofreu a virada e viu o Bahia vencer por 3 a 1, com gols de Daniel e Gilberto (dois), em partida válida pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro.



Com o resultado em Salvador, o Atlético cai da primeira para a terceira posição do Campeonato Brasileiro, com 31 pontos - três a menos que o líder Internacional e o segundo colocado Flamengo. O time alvinegro tem um jogo a menos que os adversários. Já o Bahia sobe para a 12ª colocação, com 19 pontos, e se afasta da zona de rebaixamento.

O Atlético volta a campo no próximo sábado, às 21h, contra o Sport, no Mineirão, pela 18ª rodada. Já o Bahia teve o jogo contra o Fortaleza adiado. Por isso, terá quase duas semanas de descanso até enfrentar o Santos, na Vila Belmiro, a partir das 19h de 31 de outubro, pela última partida do primeiro turno.

Jejum ampliado


O Atlético não vence o Bahia em Salvador há 17 anos. De lá para cá, foram oito partidas - sete empates em sequência e o triunfo tricolor nesta segunda-feira. A última vitória alvinegra foi em 19 de abril de 2003, quando Guilherme comandou o 4 a 2 na antiga Fonte Nova.



Roteiro repetido



Escrever crônicas das partidas do Atlético sem repetir termos, análises e expressões tem sido tarefa árdua. Afinal, o time alvinegro - nas vitórias e nas derrotas - tem sido o protótipo ideal do que quer Jorge Sampaoli: ofensivo, agressivo na marcação e dominante na maior parte do tempo. Contra o Bahia, não foi diferente.

E a declaração de Juninho Capixaba ao SporTV ao fim do primeiro tempo é prova disso: “A gente não conseguiu encaixar o jogo. O esquema deles é difícil de marcar. Eles colocam muitos jogadores na linha da frente”, disse, ofegante, o lateral tricolor que teve a missão de marcar Jefferson Savarino.

Foi dos pés do venezuelano que saiu o único gol da etapa inicial. Aos 20 minutos, o atacante - que assim como Alonso e Franco voltou ao time após serem desfalques em três partidas por conta da convocação para as Eliminatórias - aproveitou passe do “centroavante” Réver e, de dentro da área, concluiu com precisão: 1 a 0.



Mesmo com a vantagem alvinegra, nada mudou no cenário da partida. Os visitantes tiveram a bola por quase 70% do tempo, finalizaram muito mais (11 a dois) e, embora não tenham criado grandes oportunidades, foram extremamente efetivos em evitar as investidas do Bahia.

Apagão alvinegro e virada tricolor


Para a etapa final, o técnico Mano Menezes (que, suspenso, acompanhou o jogo das tribunas) abandonou o esquema sem centroavante e colocou Gilberto em campo na vaga do volante Edson. As tentativas de mudar o cenário da partida continuaram com as entradas de Marco Antônio e Daniel.

Apesar da ligeira melhora do Bahia na partida, o Atlético seguiu melhor, ainda que num ritmo mais lento que no primeiro tempo. Os pontas Savarino, pela direita, e Keno, pela esquerda, tiveram excelentes oportunidades para ampliar a vantagem, mas finalizaram mal. E o empate tricolor veio num lance fortuito, originado em bola parada.



Aos 23 minutos, Gilberto cobrou falta com força, e Everson espalmou para o centro da área. Na sobra, Gregore ajeitou de cabeça para Daniel finalizar para o gol: 1 a 1. Apenas quatro minutos depois, Marco Antônio quase virou o jogo, mas parou em defesa espetacular do goleiro alvinegro. Daí em diante, a partida ficou aberta, com boas oportunidades para os dois lados.

Numa bobagem de Guga - que recuou mal para Everson -, Gilberto se antecipou, driblou o goleiro, teve calma para fintar Igor Rabello e chutar para o gol aberto. Virada tricolor: 2 a 1. Sampaoli tentou modificar a equipe e lançá-la ao ataque. A estratégia, porém, deu errado. Num novo contra-ataque, o centroavante do Bahia saiu frente a frente com o goleiro e deu números finais ao jogo: 3 a 1.

BAHIA 3 X 1 ATLÉTICO


BAHIA
Douglas Friedrich; Ernando (Nino Paraíba, aos 33’ do 2ºT), Lucas Fonseca, Juninho e Juninho Capixaba; Gregore, Elias, Edson (Gilberto, no intervalo) e Ramon (Daniel, aos 11’ do 2ºT); Fessin (Alesson, aos 30’ do 2ºT) e Clayson (Marco Antônio, no intervalo)
Técnico: Cláudio Prates (Mano Menezes suspenso)

ATLÉTICO
Everson; Guga, Réver (Igor Rabello, no intervalo), Junior Alonso e Guilherme Arana; Jair, Alan Franco e Nathan (Sávio, aos 36’ do 2ºT); Savarino, Keno e Eduardo Sasha (Marrony, aos 33’ do 2ºT)
Técnico: Jorge Sampaoli

Motivo: 17ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Estádio de Pituaçu, em Salvador (BA)
Data: segunda-feira, 19 de outubro de 2020
Horário: 20h

Gols: Daniel, aos 23’, e Gilberto, aos 34’ e aos 43’ do 2ºT (BAH) Savarino, aos 20’ do 1ºT (ATL)
Cartões amarelos: Edson, aos 38’ do 1ºT, Gilberto, aos 9’, Elias, aos 39’ , e Alesson, aos 49' do 2ºT (BAH); Junior Alonso, aos 21’ do 2ºT (ATL)

Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves e Michael Stanislau (RS)
VAR: Daniel Nobre Bins (RS)