O Atlético continua disposto a atender aos pedidos do técnico Jorge Sampaoli, que quer um elenco com ao menos duas opções de qualidade em cada posição para seguir forte na briga pelo título do Brasileirão. A contratação mais recente foi a do meia Matías Zaracho, ex-Racing, da Argentina.
Auxiliado pelo empresário Rubens Menin, dono da construtora MRV, o Galo se comprometeu a pagar US$ 6 milhões - cerca de R$ 33,7 milhões - por 50% dos direitos econômicos do jogador de 22 anos, vinculado até outubro de 2025.
Auxiliado pelo empresário Rubens Menin, dono da construtora MRV, o Galo se comprometeu a pagar US$ 6 milhões - cerca de R$ 33,7 milhões - por 50% dos direitos econômicos do jogador de 22 anos, vinculado até outubro de 2025.
Com a oficialização de Zaracho na sexta-feira, o alvinegro alcançou R$ 178,3 milhões na aquisição de atletas em 2020. Os R$ 33,7 milhões repassados ao Racing representam um recorde na história do clube, que havia desembolsado R$ 27 milhões por 70% dos direitos do atacante Yimmi Chará, ex-Junior Barranquilla, da Colômbia, em junho de 2018.
Alguns dos atletas que chegaram à Cidade do Galo a peso de ouro se tornaram titulares absolutos e indispensáveis no estilo de jogo de Sampaoli, como o zagueiro paraguaio Junior Alonso, ex-Lille-FRA (R$ 18 milhões), e o volante equatoriano Alan Franco, ex-Independiente del Valle-EQU (R$ 12,6 milhões).
Já o atacante Keno, artilheiro da equipe no Brasileirão, com oito gols em 15 partidas, foi comprado com recursos próprios do Atlético por R$ 12 milhões. Ele defendia o Pyramids, do Egito.
Em entrevista na última quarta-feira, depois do empate por 1 a 1 com o Fluminense, no Mineirão, Jorge Sampaoli comentou a possibilidade de incorporar mais peças ao grupo. “Hoje, devo seguir trabalhando com estes jogadores. Se vem algum que possa somar, muito melhor”.
Modelo de negócio
No acordo com Rubens Menin, o Atlético obtém o empréstimo para investir no time. Se realizar uma venda futura, devolve o dinheiro sem juros ao empresário, além de ficar com uma eventual diferença de valores. Segundo a revista Forbes, o patrimônio pessoal do magnata da construção civil gira em torno de R$ 10 bilhões.
Os quase R$ 180 milhões aplicados em reforços - cerca de R$ 165 milhões com o aporte de Menin - correspondem a 46% do orçamento de R$ 388 milhões para 2020 aprovado pelo Conselho Deliberativo do clube em dezembro de 2019. Nesse documento, a diretoria estipulou R$ 20 milhões em aquisições de direitos econômicos.
As contratações geraram grande reformulação no grupo atleticano, que teve várias saídas em 2020, como as do lateral-direito Patric, do lateral-esquerdo Lucas Hernández, do zagueiro Iago Maidana, do volante Ramon Martínez, dos meias Otero e Cazares e dos atacantes Ricardo Oliveira e Di Santo. O Galo ainda faturou com as vendas do goleiro Cleiton ao Bragantino (R$ 23,6 milhões) e do atacante Chará ao Portland Timbers, dos Estados Unidos (R$ 26 milhões).
Contratações do Atlético em 2020
Rafael (goleiro) - sem custos
Everson (goleiro) - R$ 6 milhões
Mailton (lateral-direito) - R$ 1,4 milhão
Mariano (lateral-direito) - sem custos
Guilherme Arana (lateral-esquerdo) - R$ 11,7 milhões *
Bueno (zagueiro) - R$ 1,5 milhão
Junior Alonso (zagueiro) - R$ 18 milhões
Léo Sena (volante) - R$ 4 milhões
Alan Franco (volante) - R$ 12,8 milhões
Allan (volante) - R$ 16,3 milhões
Hyoran (meia) - sem custos
Nathan (meia) - R$ 18 milhões *
Matías Zaracho (meia) - R$ 33,7 milhões
Dylan Borrero (meia) - R$ 4,5 milhões
Savarino (atacante) - R$ 8,6 milhões
Keno (atacante) - R$ 12 milhões
Marrony (atacante) - R$ 20 milhões
Eduardo Sasha (atacante) - R$ 9,8 milhões
Diego Tardelli (atacante) - sem custos
* Guilherme Arana está cedido pelo Sevilla até junho de 2021, enquanto Nathan teve os direitos econômicos adquiridos pelo Atlético junto ao Chelsea após o encerramento do contrato de empréstimo