Rodízio de atletas não é um termo novo no Atlético nos últimos anos. Em 2016, o uruguaio Diego Aguirre, que claramente gostava de preservar muitos atletas nas partidas, foi execrado pelos torcedores depois de usar formações diferentes em cada competição. Quatro anos depois, o argentino Jorge Sampaoli repete a estratégia na equipe, mas de um jeito diferente. O badalado treinador vem trocando peças pontuais para ajudar o Galo a manter o nível de intensidade e a liderança isolada do Campeonato Brasileiro.
Sampaoli não repetiu a escalação do Galo em nenhum dos 11 jogos no Nacional, seja para a equipe manter o ritmo ideal ou prevenir lesões de atletas. O zagueiro Junior Alonso foi o único a jogar 90 minutos em todas sob o comando do técnico. O lateral-esquerdo Guilherme Arana esteve em 11 jogos da competição por pontos corridos, mas entrou em duas apenas no intervalo.
Nesse período, um ponto positivo foi a diminuição do número de problemas médicos. Apenas o armador Nathan ficou fora de combate em virtude de lesão no bíceps femoral da coxa esquerda. Hoje, apenas o atacante Diego Tardelli está em tratamento depois de passar por cirurgia no joelho direito.
A diferença de Diego Aguirre para Sampaoli está justamente nos resultados da equipe. Em 2016, o uruguaio caiu nas quartas de final da Copa Libertadores para o São Paulo e perdeu a decisão do Campeonato Mineiro para o América. O argentino, por sua vez, venceu o Estadual contra o Tombense e levou o time alvinegro à ponta do Brasileiro.
Agora, com a torcida em êxtase, Sampaoli ganha prestígio para implantar suas ideias. “É interessante porque gosto que a equipe tenha intensidade em todos os jogos. Nathan foi o único que não consegui dar rotatatividade e, por isso, ele se machucou. Perdemos um jogador importante para a sequência do Brasileiro”, afirmou o treinador depois da vitória sobre o Corinthians por 3 a 2, em agosto, no Mineirão.
A tendência é que ele novamente mude a formação para o duelo com o Vasco, amanhã, às 20h, no Mineirão, pela 13ª rodada do Nacional. O Galo mantém 100% de aproveitamento no Gigante da Pampulha sob o comando do argentino. Uma das novidades pode ser o retorno do capitão Réver, que passou por cirurgia no nariz e ficou alguns dias readquirindo a forma física. O camisa 4 acredita que é importante revezar os atletas no momento de crescimento da equipe: "Isso faz com que todos os atletas joguem, se sintam especiais. Se você não está preparado, sabe que vai voltar para o final da fila. É uma maneira que vem dando certo, é uma maneira que ele se sente seguro no dia a dia. A gente espera que isso se mantenha, porque é uma maneira que vem dando certo”.