Rubens Menin confirma aumento de R$ 140 milhões em custo da obra da Arena MRV, do Atlético

 

 

Uma fala do presidente Sérgio Sette Câmara repercutiu bastante entre os torcedores do Atlético. O mandatário alvinegro afirmou que a obra da Arena MRV, no Bairro Califórnia, região Noroeste de Belo Horizonte, ficou cerca R$ 350 milhões mais cara do que era previsto inicialmente.

 

“O que eu sei é o que os investidores me disseram. O que me disseram foi que foram feitas muitas exigências, condicionantes, que chegaram ao valor de R$ 100 milhões para liberar o alvará para o clube. É comum acontecer esse tipo de exigência, mas pelo que me falaram, houve uma exigência muito grande neste aspecto. Não se tem notícia de outra obra em Belo Horizonte com tantas condicionantes. Num contexto todo, de atraso do início da obra mais condicionantes, nos foi falado pelos investidores que esse valor chega próximo a R$ 350 milhões, infelizmente”, disse o presidente, em entrevista à Rádio Itatiaia.

 

Nesta sexta-feira, o Superesportes conversou com o empresário Rubens Menin, parceiro do Atlético e grande patrocinador do clube alvinegro. Ele explicou que o valor citado por Sette Câmara não foi totalmente de aumento da obra. De acordo com ele, o encarecimento foi de R$ 140 milhões.

 

“Foram dois aumentos no valor inicial da obra: R$ 40 milhões de encarecimento em dois anos e R$ 100 milhões de contrapartidas que a Prefeitura de Belo Horizonte colocou. A gente esperava uma contrapartida menor, de R$ 5 milhões, R$ 10 milhões”, disse.

 

Menin disse que a estratégia para cobrir os ‘buracos’ causados pelas mudanças foi aumentar o número de cadeiras cativas à venda no estádio. O empresário explicou que isso impactará diretamente na bilheteria do Atlético por 15 anos.

 

“Para repor, tivemos que vender mais cadeiras cativas. A gente venderia duas mil, agora serão seis mil. A bilheteria do Atlético será prejudicada no período de 15 anos”, completou.

 

O valor do aumento da obra é de cerca de R$ 140 milhões. Menin afirmou que o restante citado por Sette Câmara é de prejuízo pelo atraso no cronograma. 

“Os outros R$ 200 milhões surgiram do cálculo feito em perdas de receita. A receita anual prevista para a Arena MRV é de R$ 100 milhões. Com dois anos de atraso, calculamos essa ausência nas contas do Atlético”, concluiu.