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Com 70% de aproveitamento, Atlético tem sequência em casa para tentar abrir margem na liderança do Brasileiro

Galo quer manter embalo em jogos contra Grêmio e Vasco no Mineirão

Redação
Jogadores celebram vitória do Galo sobre o Dragão - Foto: Pedro Souza/Atlético
O Atlético atingiu 70% de aproveitamento no Brasileirão ao vencer o Atlético-GO por 4 a 3, de virada, na noite desse sábado, em Goiânia, pela 11ª rodada. Com 21 pontos em dez jogos (sete vitórias e três derrotas), o Galo assumiu a liderança isolada beneficiado pelo revés do Internacional, agora segundo colocado (20), diante do Fortaleza, no Castelão (1 a 0).



O destaque alvinegro foi o atacante Keno, que marcou três gols em cima do Atlético-GO: o primeiro cobrando pênalti, aos 8min da etapa final; o segundo em finalização sutil no contrapé do goleiro Jean; e o terceiro em cabeceio forte após cruzamento de Mariano. Nathan anotou o outro tento atleticano.

As próprias estatísticas no Brasileirão ajudam a compreender porque o grupo de Jorge Sampaoli aparece no topo da classificação. Além de ser o dono do ataque mais positivo, com 18 gols, o time detém o recorde de média de finalizações: 12,6. No quesito “grandes chances”, perde apenas para o Flamengo (30 a 29).

Os dados do SofaScore também mostram que o Galo é terceiro no índice de posse de bola (57,6%) e o quinto em passes certos por jogo (409). Individualmente, há boas médias de notas para os zagueiros Réver (7.26) e Junior Alonso (7.29), o atacante Keno (7.18) e o meia Hyoran (7.14).



Os dois próximos duelos serão no Mineirão, onde o aproveitamento é de 100%: Corinthians (3 a 2), Ceará (2 a 0), São Paulo (3 a 0) e Bragantino (2 a 1). No sábado, às 21h, o time pegará o Grêmio. Já no outro domingo, 4 de outubro, às 20h30, será a vez de medir forças com o Vasco.

Se vencer Grêmio e Vasco, o Atlético chegará a 75% de aproveitamento, que, em números gerais, só foi batido pelo Flamengo campeão brasileiro de 2019 - 90 pontos em 114 (quase 79%). O Cruzeiro de 2003, que contabilizou 100 pontos em 138, é o segundo, com 72,47%.

Disparar no topo da classificação também será fundamental para aliviar as cobranças em cima da diretoria, que irritou profundamente seus torcedores ao negociar com Thiago Neves. O ex-camisa 10 do Cruzeiro, que acabou acertando com o Sport, vem de momento técnico muito ruim no Grêmio, do qual foi dispensado pelo presidente Romildo Bolzan.



Fora de campo, Thiago carrega grande histórico de provocações ao Galo enquanto jogador da Raposa, tendo usado, inclusive, a tragédia do rompimento da barragem em Brumadinho como piada. Na sexta-feira, o meia de 35 anos enviou notificação extrajudicial ao clube cobrando R$ 20 milhões pela desistência de sua contratação e exigiu retratação pública por parte da direção.

Aparentemente, o Atlético tranquilizou seus aficionados tanto com a desistência quanto por considerar inválidas as requisições de Thiago Neves. E logicamente, o bom futebol conduzido pelo técnico Jorge Sampaoli, que ainda vê necessidade de reforços e faz pedidos constantes ao diretor Alexandre Mattos e ao presidente Sérgio Sette Câmara, renova as esperanças de os torcedores enfim verem o clube levantando a taça do Brasileiro depois de 50 anos de espera.