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SÉRIE A

Análise: Nem sempre é possível vencer e jogar bonito

Diante do Ceará, Atlético foi menos efetivo do que nas partidas contra Flamengo e Corinthians. Mas resultado positivo, que mantém Galo na faixa de cima, deve ser valorizado ao máximo

postado em 16/08/2020 13:06 / atualizado em 16/08/2020 14:25

(Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 
Em várias circunstâncias, três pontos valem muito mais do que mostrar futebol bonito. Nesse sentido, o Atlético nem sempre vai imprimir a intensidade proposta por Jorge Sampaoli, um treinador perfeccionista, ousado e exigente. Apesar disso, é importante triunfar num campeonato extremamente equilibrado, como ocorreu diante de um Ceará muito reativo, no Mineirão.
 
Cada vitória tem de ser valorizada como ela merece. Mesmo sem ser brilhante, o Galo foi letal no segundo tempo contra o Ceará. A equipe pode e deve curtir a boa fase no Nacional, porém sempre com a consciência de que precisa evoluir e se superar a cada jogo. Depois de ser muito superior nas partidas contra Flamengo e Corinthians, o time mineiro teve dificuldades e só se impôs no segundo tempo contra os cearenses.

A baixa umidade, os erros individuais e a falta de dinâmica no setor ofensivo acabaram intimidando o time mineiro. Antes dos gols de Marrony, o Ceará vinha cumprindo à risca o objetivo proposto pelo técnico Guto Ferreira: congestionar o setor ofensivo atleticano. Por pouco, a estratégia não deu certo. 

Sampaoli inovou ao improvisar o volante Allan como lateral-esquerdo no primeiro tempo – deixando Guilherme Arana no banco –, mas a ideia não surtiu efeito. Tanto é que o ex-corintiano reassumiu sua função na etapa final. O Galo não teve a mesma intensidade nos passes e rotação dos últimos jogos, principalmente devido à irregularidade de Keno e Savarino pelos lados. Ambos não concluíram as jogadas que produziam. Hyoran também teve atuação sem destaque. E Nathan, machucado, fez muita falta ao time.

Felizmente, o Atlético contou com um inspirado Marrony, que gradativamente vai se habituando à nova função proposta pelo treinador. Outro aspecto positivo é a dupla de zaga - formada por Réver e Junior Alonso -, que ganha cada vez mais entrosamento e evolução a cada partida. Ponto positivo para Jorge Sampaoli, que conseguiu ajeitar o setor e reduzir as críticas pelas falhas defensivas tão evidentes com o ex-treinador alvinegro Rafael Dudamel. 

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