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Sette Câmara exalta setor jurídico do Atlético e diz que ação contra Fred pode render cerca de R$ 14 milhões ao clube

Em reunião do Conselho Deliberativo, presidente destacou destacou desempenho na Justiça

postado em 01/08/2020 13:13 / atualizado em 01/08/2020 16:07

(Foto: Bruno Cantini/Atlético)
Sérgio Sette Câmara revelou, em reunião ordinária do Conselho Deliberativo do Atlético, que a ação contra o atacante Fred pode render cerca de R$ 14 milhões ao clube. O presidente citou o caso como exemplo para enaltecer o trabalho do departamento jurídico alvinegro, que, segundo ele, “é quase invicto nas discussões judiciais”. 

“O Atlético, na minha gestão e já há alguns anos, é quase invicto nas discussões judiciais. Nós ganhamos praticamente tudo. A discussão com Fred está ainda em fase recursal, mas a decisão da Câmara Arbitral foi unânime. É uma dívida que, hoje, ele tem conosco de praticamente R$ 14 milhões”.

Na sequência da resposta, o dirigente mencionou o sucesso do Atlético na Justiça em mais dois casos. O primeiro se tratava de um processo contra o ex-lateral-direito Cicinho, na ordem de R$ 9 milhões - o valor foi reduzido para R$ 3,2 milhões mediante acordo (clique aqui e entenda). O segundo é referente a uma tentativa do Banfield, da Argentina, de receber indenização de 15 milhões de dólares em negociação envolvendo o meia Cazares (relembre o episódio).

“Recentemente, tivemos uma vitória maravilhosa na Fifa do Banfield, de 15 milhões de euros. Vamos fazendo a conta. Cicinho, tivemos uma reversão e um crédito para o Atlético de R$ 9 milhões. Trabalho do Raul Olivardes, um advogado muito competente”, destacou Sette Câmara, na reunião no salão de festas do clube Labareda, no bairro Itapoã, em Belo Horizonte.

O imbróglio entre Atlético e Fred começou em dezembro de 2017, quando o jogador rescindiu seu contrato com o clube e se transferiu para o Cruzeiro. Na ocasião, a diretoria alvinegra impôs uma multa de R$ 10 milhões a ser paga pelo centroavante caso este viesse a assinar com a Raposa.

Fred mostrou a cláusula à diretoria do Cruzeiro, que mesmo assim aceitou as condições, tornou-se responsável solidário no processo e firmou um vínculo de três anos. O então vice-presidente de futebol celeste, Itair Machado, considerou baixo o valor de R$ 10 milhões em entrevista à Rádio Itatiaia.

“O Fred nos informou essa cláusula. Até estranhei, porque achei o valor da cláusula baixo, pelo jogador que o Fred é. Mas, ao mesmo tempo, a gente entende que essa cláusula tem que ser discutida. Então, nós passamos para o jurídico”, disse Itair, em 24 de dezembro de 2017.

No primeiro ano pelo Cruzeiro, Fred teve a temporada prejudicada por uma grave lesão no ligamento cruzado no joelho direito. No segundo, foi artilheiro do Campeonato Mineiro de 2019, com 12 gols, e marcou quatro vezes na fase de grupos da Copa Libertadores. Porém, caiu de produtividade no Brasileiro e foi alvo de muitas críticas dos torcedores na campanha do rebaixamento à Série B (17º lugar, com 36 pontos).

Para piorar a situação, Fred ajuizou ação contra o Cruzeiro em 10 de fevereiro e conseguiu rescisão liminar oito dias depois. Entre vários pedidos, ele cobra cláusula compensatória de R$ 50 milhões e quase R$ 25 milhões de salários, luvas, direitos de imagem e verbas trabalhistas. Em maio, ele assinou por dois anos com o Fluminense, clube do qual é o terceiro maior artilheiro, com 172 gols em 291 jogos.

Com relação à briga entre Fred e Atlético, a Comissão Nacional de Resolução de Disputas deu parecer favorável ao clube em primeira instância. A defesa do jogador recorreu ao Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), que, de acordo com o vice-presidente do Galo, Lásaro Cândido da Cunha, definiu a data da sentença final para 27 de setembro.

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