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Ex-goleiro explica obsessão de Jorge Sampaoli, técnico do Atlético, por jogo com os pés

Jhonny Vegas jogou com Sampaoli por Sport Boys e Sporting Cristal

postado em 27/07/2020 17:48 / atualizado em 27/07/2020 21:15

(Foto: Bruno Cantini/Atlético)
Apesar do respaldo da diretoria do Atlético ao ex-cruzeirense Rafael - que fez boas defesas no empate por 1 a 1 com o América, nesse domingo, no Independência, pela 10ª rodada do Campeonato Mineiro -, Jorge Sampaoli ainda almeja a contratação de um goleiro com qualidade para efetuar passes e lançamentos. A obsessão pelo jogo com os pés do treinador argentino já vem de muitos anos. Jhonny Vegas, que defendeu Sport Boys e Sporting Cristal, ambos do Peru, falou sobre o perfil do comandante em entrevista ao blog Drible de Corpo, do Correio Braziliense.

“Ele é assim desde que o conheci. Mais do que saber jogar com os pés, o goleiro tinha que ser uma espécie de líbero, interceptar a maioria das bolas”, disse o ex-jogador, conhecido em seu país como “Chilavegas” devido à fama de artilheiro adquirida ao longo da carreira - marcou 45 gols, 33 cobrando pênalti e 12 batendo falta.

Sob o comando de Sampaoli, Vegas marcou oito gols - cinco de pênalti e três de falta. De acordo com o ex-goleiro, que parou de atuar profissionalmente em 2017, aos 41 anos, o técnico não exigiu contratações desse perfil em sua passagem pelo futebol peruano.

Ele não fazia esse tipo de pedido (no futebol peruano), mas entendo que ele evoluiu na carreira e na forma de trabalhar. De repente, pediu goleiro com esse perfil porque esses clubes têm condições econômicas de oferecer isso a ele”.

Jhonny destacou os ensinamentos de Sampaoli e a facilidade de adaptação às orientações de sua comissão técnica. “Ele me ajudou muito. Eu tinha muito potencial para sair do gol e cortar a bola. Por isso, não sofri muita pressão. Fazíamos trabalhos específicos para isso”.

Segundo o ex-goleiro, os times superaram dificuldades econômicas em função da criatividade do técnico. “Para ele, o trabalho vem em primeiro lugar. O nível tático era importante para ele. Trabalhava muito as linhas e queria tudo perfeito. O clube em que atuamos não era tão bom economicamente, mas nós conseguimos nos superar”.

Sampaoli trabalhou em quatro clubes peruanos: Juan Aurich (2002), Sport Boys (2002 a 2003), Coronel Bolognesi (2004 a 2006) e Sporting Cristal (2007). Por essas equipes, contabilizou 99 vitórias, 64 empates e 92 derrotas em 255 partidas (47,18% de aproveitamento).

Goleiros


Enquanto a diretoria não atende às exigências de Sampaoli, os goleiros atleticanos estão em fase de adaptação ao jogo com os pés. No empate por 1 a 1 com o América, Rafael procurou sair em toques curtos com os zagueiros Réver e Junior Alonso, em vez de recorrer a lançamentos longos ao ataque.

Em entrevista à TV Band Minas na última sexta-feira, o diretor de futebol do Atlético, Alexandre Mattos, afirmou que o técnico tem elogiado a evolução de Rafael e Victor na saída de bola curta.

“O Rafael vem evoluindo muito, e o próprio Sampaoli já nos disse. O próprio Victor tem trabalhando como um leão. Vem dando gosto de ver o Victor. Agora, a característica é do treinador. O treinador que nós trouxemos, o que todo mundo aplaude, que todo mundo cria uma expectativa, necessita de uma característica que ele vai escolher quem vai jogar. Se vai ser o Victor, se vai ser o Rafael ou se vai ser um outro goleiro, é uma característica que ele vai buscar”.

Sem revelar nomes, Mattos admitiu que Sampaoli indicou três goleiros estrangeiros ao Atlético. Um deles, segundo o blog do PVC, seria Cristopher Toselli, da Universidad Católica - convocado pelo treinador para a Seleção Chilena na Copa do Mundo de 2014. 

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