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Cazares, do Atlético, tem a carteira de motorista apreendida pela polícia em blitz

Atleta do Galo estava dirigindo mesmo com excesso de pontuação na carteira

Thiago Madureira
Cazares foi parado em blitz nesta manhã de quinta-feira - Foto: Reprodução
Em operação da Polícia Militar Rodoviária nesta quinta-feira na MG-10, o jogador Cazares, do Atlético, teve a carteira de motorista apreendida por excesso de pontuação. O atleta do Galo esperou outro motorista chegar ao local para conduzir o carro. Ele terá que fazer um curso de reciclagem para voltar a dirigir.


A operação foi realizada nas proximidades da Cidade do Galo, entre Santa LuziaVespasiano. Cazares estava indo para o treino, quando foi parado pela polícia.

O jogador foi comunicado pelos policiais que sua carteira estava com pontuação acima da permitida por lei. O limite de pontos no Brasil é 20. 

Há na Câmara dos Deputados o projeto de Lei 3267/19, do Poder Executivo, que faz diversas alterações no Código de Trânsito Brasileiro (CTB - Lei 9.503/97) com a intenção de torná-lo menos rigoroso. Contudo, ainda não foi aprovado. 

Durante a abordagem policial, Cazares foi solícito e educado. Ele esperou cerca de 20 minutos até a chegada de um condutor para dirigir o carro. Para conseguir a carteira de volta, Cazares terá que procurar o Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) e fazer um curso de reciclagem.

Treinos

Cazares tem feito treinamentos isolados na Cidade do Galo. O contrato do equatoriano com o Atlético termina em dezembro. A tendência é que a renovação não ocorra, já que o atleta quer deixar o Brasil.


Problemas

Durante a pandemia do coronavírus, Cazares foi flagrado junto de Otero jogando uma “pelada” em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ambos descumpriram a recomendação do Atlético de permaneceram em casa durante a quarentena.

Dias depois, o meia equatoriano voltou a desobedecer as orientações de isolamento social ao promover uma festa no condomínio onde mora, em Lagoa Santa. Na ocasião, o jogador foi multado em R$ 130 mil pela prefeitura do município, valor máximo previsto em legislação por ser reincidente. 

Antes de retornar às atividades na Cidade do Galo, no fim de maio, o elenco alvinegro passou por uma bateria de exames, e Cazares foi o único atleta a testar positivo para COVID-19.

Depois do diagnóstico positivo para coronavírus, o meia passou a ser investigado por crime contra a saúde pública por conta da festa. O equatoriano chegou a prestar depoimento à Polícia Civil e pode responder com base no artigo 268 do Código Penal: "Infringir determinação do poder público destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa". A pena é de detenção de um mês a um ano, além de multa.