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Atlético vai pagar quatro meses de direitos de imagem deste ano só em 2021

Clube enfrenta dificuldades para manter os salários em dia

Rafael Arruda Túlio Kaizer
Na última semana, clube conseguiu quitar alguns atrasos; agora, consegue prazo maior para pagar jogadores - Foto: Bruno Cantini/Atlético

O Atlético informou ao elenco que vai repactuar quatro meses de direitos de imagem, com limite de até 40% da folha integral, no decorrer de 2021. A informação publicada pelo site UOL foi confirmada pelo Superesportes


Além do acerto com os jogadores, a diretoria alvinegra definiu que a comissão técnica de Jorge Sampaoli, o diretor de futebol Alexandre Mattos e outros integrantes do departamento de futebol seguirão com corte de 25% nos vencimentos, conforme as regras da Medida Provisória 936 do Governo Federal.

O Galo quitará os direitos de imagem de junho, julho, agosto e setembro em 2021. As parcelas de abril e maio ainda estão em aberto, assim como o salário na carteira do último mês.

A negociação para pagar quatro meses de direitos de imagem somente em 2021 se dá pela crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus. Sem jogar há três meses, o Galo deixou de arrecadar com bilheteria, sócio-torcedor, patrocinadores e direitos de transmissão.

Em entrevista à CNN Brasil na manhã desta segunda-feira, o presidente Sérgio Sette Câmara avaliou as dificuldades financeiras de maneira genérica e pediu o retorno do futebolmediante protocolos rigorosos de segurança no combate à COVID-19.


“Me parece que essa é uma atividade importante, o futebol tem que ser visto como um negócio, os clubes precisam voltar, existem muitos empregos no entorno do futebol, o futebol gera riquezas e impostos. Eu acredito que se existe uma atividade hoje que pode voltar dentro dessa flexibilização com segurança é o futebol por conta da rigidez dos protocolos que estamos seguindo”.

Vale lembrar que a MRV e o banco BMG, principais parceiros do Atlético, emprestam dinheiro para a aquisição de direitos econômicos de jogadores. O salários são mantidos com recursos próprios do clube - à exceção de Jorge Sampaoli e seus assistentes, remunerados em parte com o auxílio da construtora.