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Presidente do Atlético quer o clube entre os primeiros do Brasil em competitividade e diz que Cruzeiro pode ficar para trás

Sette Câmara explicou que caso o Galo avance em termos de organização, títulos e receitas pode suplantar o Cruzeiro e criar um distanciamento entre os times do estado

Bruno Furtado João Vitor Marques Roger Dias Thiago Madureira Túlio Kaizer
Presidente quer ver o Galo brigando por títulos todos os anos - Foto: Alexandre Guzanshe / EM DA PERSS)
O presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, disse que pode haver um distanciamento em relação à grandeza e ao nível de competitividade de Galo e Raposa no cenário nacional do futebol. O mandatário acredita que, nos próximos anos, o clube alvinegro estará entre os quatro grandes do Brasil, enquanto o Cruzeiro corre o risco de ficar para trás caso não consiga se recuperar da grave crise financeira que enfrenta.



Sette Câmara usou como exemplo o Rio de Janeiro. Embora ainda haja rivalidade regional entre os clubes, hoje o Flamengo tem uma superioridade muito grande em relação aos seus rivais, Botafogo, Fluminense e Vasco. Isso pode ocorrer em Minas Gerais, acredita o mandatário alvinegro. 

"O Rio de Janeiro hoje, claramente, há uma distância cada dia maior entre o Flamengo e os três clubes, Botafogo, Vasco e Fluminense. E este distanciamento tende a aumentar. E pode acontecer no Brasil o que existe hoje na Espanha, em Portugal, na Alemanha. E nacionalmente teremos quatro, cinco clubes, e essa rivalidade regional acaba ficando em segundo plano", frisou o presidente, em entrevista ao Superesportes.

Sérgio Sette Câmara disse que tem o objetivo de colocar o Atlético no grupo dos grandes times do país que sempre brigam por títulos, ao lado de Flamengo, Palmeiras e Grêmio. Ele explicou que caso o Galo avance em termos de organização, conquistas e receitas pode suplantar o Cruzeiro e criar um distanciamento entre os times do estado.



"Trazendo para cá, naturalmente que o Atlético se organizando do ponto de vista financeiro, lançando o estádio, com competência, com retidão, se vierem vitórias e títulos, isso tende a fazer com que o clube fique infinitamente mais organizado e preparado. Se, por outro lado, eles (Cruzeiro) não conseguirem resolver os problemas que são muitos - se o Atlético tem um endividamento importante, a situação deles é muito mais preocupante -, o trabalho que ele (Sérgio Santos Rodrigues) tem é hercúleo. Pode ter distanciamento entre Atlético e Cruzeiro também, não estou falando querendo fazer chacota. Se o Cruzeiro não conseguir subir para a Série A e passar mais um ano na Série B e o Atlético tiver títulos, mais receita com estádio, vai haver um distanciamento. A ideia que temos hoje é de colocar o Atlético entre os quatro clubes do Brasil, que é o que a gente acha que vai acontecer". 

Exemplo da Bahia


Sette Câmara ainda usou o exemplo do futebol baiano, no qual o Bahia tem tido papel relevante na Série A, enquanto o Vitória amarga a permanência na Série B e perde competitividade.

"Hoje, por exemplo, eu enxergo uma distância muito grande entre Bahia e Vitória. Uma rivalidade regional que parece que se o Vitória não conseguir se recuperar rapidamente o distanciamento deles vai ficar muito grande, e essa rivalidade perde força".   

A entrevista 

Sérgio Sette Câmara concedeu entrevista exclusiva ao Superesportes e ao Estado de Minas. Na conversa, o mandatário alvinegro falou sobre finanças, contratações, política, relação com o técnico Jorge Sampaoli, Arena MRV, rivalidade com o Cruzeiro e vários outros temas. As reportagens serão publicadas ao longo dos próximos dias. Veja o que já publicamos:

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