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Manto da Massa: presidente do Atlético diz que bom vinho, design e onda positiva explicam recorde de vendas

Mais de 100 mil unidades foram comercializadas nos primeiros oito dias

Bruno Furtado João Vitor Marques Rafael Arruda Roger Dias Túlio Kaizer
Adquirido por mais de 100 mil atleticanos, Manto da Massa começa a ser fabricado neste domingo - Foto: Divulgação
O Atlético precisou de apenas oito dias para arrecadar R$ 19,3 milhões brutos com a venda de 100 mil camisas do Manto da Massa. De acordo com o presidente Sérgio Sette Câmara, o número foi tão elevado que superou a quantidade de peças comercializadas no intervalo de um ano. Em entrevista ao Superesportes e ao Estado de Minas, o dirigente deu detalhes de como surgiu a ideia de promover um concurso no qual os torcedores teriam a oportunidade de enviar suas sugestões de uniforme.



Foi uma ideia que tive durante a quarentena. Talvez ela nem existisse se não fosse esse período. Parei aqui um dia e pensei naquelas lives, que foram legais, porque trouxeram o Atlético para dentro da casa do torcedor num horário que não fazia concorrência com a imprensa e ao mesmo tempo trazia conteúdo legal, num momento em que a imprensa estava sem pauta e o torcedor carente do Atlético. No mesmo dia, acho que foi o vinho que estava tomando aqui, que era bom demais... Nem lembro qual era, pois nesse tempo eu tomei cerveja, cachaça, vinho… Deve ter descido um especial porque com certeza foi ganho, não foi comprado”, contou.

“Tive essa ideia de fazer a camisa e o sonho do torcedor era que ele mesmo a desenhasse. Passei a ideia para o Domênico (Bhering, diretor de comunicação), que achou bacana também, e colocamos na mão do nosso diretor administrativo, o Plínio (Signorini, diretor de administração e controle), que teve a competência de contratar uma empresa de marketing e fez o detalhamento dessa ideia bruta que tive. E foi algo espetacular”, complementou o mandatário alvinegro.

O concurso Manto da Massa recebeu cerca de 1.500 projetos, dos quais 13 foram selecionados para participar de votação pública na internet. O ganhador foi o modelo elaborado pelo designer Flávio Markiewicz. Percebendo o forte engajamento dos torcedores, o Atlético ofereceu a camisa pelo preço promocional de R$ 169,99 a quem fosse sócio Galo na Veia ou aderisse ao programa. O atleticano não associado paga R$ 269,99


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Sem dissecar os números, Sette Câmara atrelou o crescimento do Galo na Veia ao sucesso do Manto da Massa. “Quando começou a campanha da camisa, tínhamos apenas 20 mil sócios efetivos. A ideia era fazer um programa melhor, levando os jogos para o Mineirão, trazendo o torcedor de volta. O Independência encolheu muito nossa torcida, pois comporta apenas 20 mil pessoas. Se vamos atingir 100 mil ou não, diria que é segredo. Vamos ver”.

O presidente também elogiou o trabalho de Flávio Markiewicz e prometeu colocá-lo a par do processo de produção do uniforme, de modo que saia de maneira idêntica à ideia inicial. “Vamos tentar fazer a camisa a mais fidedigna possível que ele desenhou. Ele estará na fábrica e vamos tentar fazer o melhor possível. Se o custo aumentar um pouco e diminuir nossa margem, não tem problema. Temos outras fontes de receitas”.

Por fim, Sette Câmara tornou a mencionar uma novidade na Arena MRV, estádio em fase inicial de construção nas imediações da Via Expressa e da BR-040, no Bairro Califórnia, Região Noroeste de Belo Horizonte. “Temos uma onda positiva grande com a construção do estádio, à medida que estamos fazendo um tipo de relacionamento mais estreito com o torcedor, levando para conhecer nosso CT e as obras do estádio. Nesse momento de dificuldade, eles vão ter algumas surpresas nos próximos dias”.


Com modelos masculinos, femininos e infantis de variados tamanhos, a camisa do Atlético pode ser adquirida no site checkoutmantodamassa.com.br. É permitida a compra de três unidades por acesso. De acordo com o clube, o prazo máximo de entrega será de 75 dias a partir da data de fabricação, neste domingo, 21 de junho.


Leia a íntegra da resposta de Sette Câmara sobre o Manto da Massa


"O meu conhecimento da torcida é grande. Foi um fenômeno. O número de camisas vendidas em um curto espaço de tempo é superior ao número vendido em todo o ano. E você olha e diz: ‘Puxa, foi bem feito, foi bem montado no momento oportuno e com a torcida certa'. Considero a torcida do Atlético a mais apaixonada do Brasil. Isso a gente escuta outras pessoas falando com relação a vir jogar aqui ou de quem passou pelo clube.

Foi uma ideia que tive durante a quarentena. Talvez ela nem existisse se não fosse esse período. Parei aqui um dia e pensei naquelas lives, que foram legais, porque trouxeram o Atlético para dentro da casa do torcedor num horário que não fazia concorrência com a imprensa e ao mesmo tempo trazia conteúdo legal, num momento em que a imprensa estava sem pauta e o torcedor carente do Atlético. No mesmo dia, acho que foi o vinho que estava tomando aqui, que era bom demais... Nem lembro qual era, pois nesse tempo eu tomei cerveja, cachaça, vinho... Deve ter descido um especial porque com certeza foi ganho, não foi comprado.



Tive essa ideia de fazer a camisa e o sonho do torcedor era que ele mesmo a desenhasse. Passei a ideia para o Domênico, que achou bacana também, e colocamos na mão do nosso diretor administrativo, o Plínio, que teve a competência de contratar uma empresa de marketing e fez o detalhamento dessa ideia bruta que tive. E foi algo espetacular.

Embora tenhamos descontos na confecção, no envio e na parte que vamos ajudar na COVID, a ativação foi importante para aumentar nosso sócio-torcedor. Quando começou a campanha da camisa, tínhamos apenas 20 mil sócios efetivos. A ideia era fazer um programa melhor, levando os jogos para o Mineirão, trazendo o torcedor de volta. O Independência encolheu muito nossa torcida, pois comporta apenas 20 mil pessoas. Se vamos atingir 100 mil ou não, diria que é segredo. Vamos ver"

“Eu liguei para o Flávio, conversei com ele algumas vezes. É um jovem brilhante desde o início, quando desenhou a camisa maravilhosa mas fez todo a apresentação daquilo que ele sonhou para deixar as pessoas apaixonadas. Até pensei que o Atlético tinha feito aquilo. Ele é um profissional de ponta, um design que estava fazendo cursos nos Estados Unidos. Ele vai participar de todo o processo de confecção da camisa.

Vamos tentar fazer a camisa a mais fidedigna possível que ele desenhou. Ele estará na fábrica e vamos tentar fazer o melhor possível. Se o custo aumentar um pouco e diminuir nossa margem, não tem problema. Temos outras fontes de receitas.



Temos que entregar um bom produto para o torcedor que acreditou na nossa campanha, não só nos reativou internacionalmente. Nos deu uma visibilidade gigante, mostrando também que a força da nossa torcida e a competência da nossa turma de dentro e também acordando nossa área de marketing, já que a torcida responde forte.

Temos uma onda positiva grande com a construção do estádio, à medida que estamos fazendo um tipo de relacionamento mais estreito com o torcedor, levando para conhecer nosso CT e as obras do estádio. Nesse momento de dificuldade, eles vão ter algumas surpresas nos próximos dias”.

A entrevista


Sérgio Sette Câmara concedeu entrevista exclusiva ao Superesportes e ao Estado de Minas. Na conversa, o presidente falou sobre finanças, contratações, política, relação com o técnico Jorge Sampaoli, Arena MRV, rivalidade com o Cruzeiro e vários outros temas. As reportagens serão publicadas ao longo dos próximos dias. Veja o que já publicamos: