Segundo Sette Câmara, o clube celeste colocou um teto salarial e está acumulando grande passivo para o ano que vem. O Galo, por sua vez, não cria essa dívida futura. O dirigente alvinegro disse que a imprensa não frisa isso, causando uma confusão na cabeça do torcedor. Entretanto, matérias sobre o assunto foram publicadas por todos os grandes meios de comunicação, inclusive o Superesportes, que começou a abordar o assunto com clareza em janeiro - clique aqui e leia mais.
"Os salários têm atrasos dentro daquela regra que você pode atrasar sem correr o risco de perder o jogador. Acho que temos uma imagem e dois salários em atraso. Isso aí 95% dos clubes do Brasil também estão passando", afirmou Sette Câmara, antes de criticar a mídia.
"Vi uma matéria outro dia em um site: 'Cruzeiro coloca salários em dia dos jogadores e da parte administrativa'. Isso é mentira. Mentira deslavada. O que eles fizeram é pegar jogador que ganha R$ 600 mil, R$ 700 mil e pagar R$ 150 mil. Aí você até pode colocar em dia. É a mesma coisa se eu fizesse isso aqui, colocando teto na folha. Eu coloquei em dia a folha? Fica parecendo de uma hora para outra que nós estamos no inferno e eles, no céu. Que isso. Vamos deixar as coisas claras. Pagou, mas tem passivo monstruoso", frisou o dirigente.
Os jogadores do Cruzeiro que aceitaram a proposta da diretoria para reduzir salários não abriram mão dos valores que tinham a receber do clube pelos contratos vigentes. Os montantes que extrapolam o teto definido pelo clube (cerca de R$ 150 mil) serão pagos de forma parcelada a partir de abril de 2021. Sendo assim, a Raposa terá uma dívida grande com salários a partir do ano que vem.