O vice-presidente do Atlético, Lásaro Cândido da Cunha, criticou a postura do Flamengo no lobby direto com o presidente Jair Bolsonaro para publicação da MP 984, que altera a forma de negociação dos direitos de transmissão. Segundo Lásaro, o clube carioca foi desrespeitoso com os demais times brasileiros, já que não tentou construir uma unidade em torno do assunto.
"Pessoal, em relação à MP publicada ontem, a 984, que causou um reboliço no futebol brasileiro. No que se refere ao direito de arena, vamos trazer uma explicação rápida aqui. Primeiro é preciso explicar o que é medida provisória. MP é editada pelo presidente da República, tem validade de 60 dias e pode ser prorrogada por mais 60. O Congresso tem que aprovar por maioria simples. Não aprovada, ela perde validade. O que causou estranheza foi a forma. O presidente do Flamengo foi para Brasília sem conversar com os clubes e conseguiu a edição de uma medida provisória em desrespeito à coletividade. Fez melhor o presidente Sérgio Sette Câmara que foi conversar na Comissão Nacional dos Clubes em relação a este e outros assuntos", disse Lásaro.
"Em relação ao mérito, o direito de ser negociado pelo mandante ou não, a liberdade é sempre importante. Agora, essa liberdade tem que ser seguida com organização das equipes que participam da competição. O Flamengo cometeu quase uma traição e no mínimo um desrespeito porque ele tem que tratar isso coletivamente. O Flamengo não joga sozinho. O Atlético, outro dia, estava estimulando projeto de lei que prorrogava as parcelas do Profut. E o Atlético não era beneficiário. No entanto, beneficiava outros. Nós temos que pensar é no coletivo. Coletivo é muito importante e isso faltou", completou.
"Em relação ao mérito, o direito de ser negociado pelo mandante ou não, a liberdade é sempre importante. Agora, essa liberdade tem que ser seguida com organização das equipes que participam da competição. O Flamengo cometeu quase uma traição e no mínimo um desrespeito porque ele tem que tratar isso coletivamente. O Flamengo não joga sozinho. O Atlético, outro dia, estava estimulando projeto de lei que prorrogava as parcelas do Profut. E o Atlético não era beneficiário. No entanto, beneficiava outros. Nós temos que pensar é no coletivo. Coletivo é muito importante e isso faltou", completou.
A MP assinada por Bolsonaro mexe com as negociações dos direitos de transmissão das partidas. A partir de agora, os clubes mandantes têm o direito de arena sobre a partida. Isso significa que um time pode negociar com uma emissora de TV para que seus jogos em casa sejam transmitidos, mesmo que o adversário tenha acerto com uma outra emissora. Contudo, os contratos já assinados não devem ser descumpridos.
O Flamengo encabeçou as negociações, com o presidente do clube, Rodolfo Landim, indo a Brasília conversar com o presidente Jair Bolsonaro.
O Fla tem buscado contratos mais lucrativos. No Campeonato Carioca, por exemplo, os jogos do clube carioca não estão sendo transmitidos na TV porque o time rubro-negro não entrou em acordo com a Rede Globo. Se acertar com outra emissora, os duelos como mandante poderão passar em outros canais. Atualmente, uma emissora só pode transmitir uma partida se tiver acordo com os dois clubes que vão jogar.