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Atlético tenta definir situação de afastados para economizar mais de R$ 1 milhão por mês

Sampaoli colocou sete jogadores fora dos planos para a sequência da temporada

Túlio Kaizer
Atlético afastou sete jogadores e agora tenta se livrar dos contratos de cada um - Foto: Bruno Cantini/Atlético

Na última semana, o Atlético afastou sete jogadores a pedido do técnico Jorge Sampaoli. O treinador informou à diretoria que não contaria com o lateral-esquerdo Lucas Hernández, os volantes Zé Welison e Ramón Martínez e os atacantes Edinho, Clayton, Ricardo Oliveira e Franco Di Santo. Agora, o alvinegro tenta emprestar os jogadores ou rescindir os contratos para economizar mais de R$ 1 milhão por mês.


O Superesportes fez um levantamento dos salários dos jogadores na carteira de trabalho com ajuda da página BR Contracts. A soma dos sete, mensalmente, bate R$ 870 mil.

No entanto, os clubes pagam apenas parte dos salários na carteira. O restante é pago como direito de imagem (normalmente 40% do valor total, ou seja, R$ 580 mil na soma dos sete).

Se realizar a soma dos dois valores (lembrando que os 40% não são confirmados oficialmente e o percentual pode ser menor), os sete jogadores afastados têm impacto de R$ 1,4 milhão por mês nos cofres do Atlético. Economizar essa quantia está nos planos do clube.

Destes jogadores, três têm contrato com o Atlético até o fim da temporada: os atacantes Clayton, Ricardo Oliveira e Franco Di Santo. Como a opção de empréstimo nesses casos é mais complicada, a tendência é que o Galo busque a rescisão com eles.


Os outros quatro jogadores devem ser emprestados ou negociados. Lucas Hernández e Ramón Martínez têm contrato com o Galo até o fim de 2022. O presidente Sérgio Sette Câmara revelou que recebeu propostas pelos dois jogadores.

“São propostas de clubes do futebol sul-americano. O Lucas (Hernández) era titular do Peñarol até pouco tempo, já o Martínez também tem uma proposta boa para ele aí, era para ter acontecido, mas parou durante o coronavírus. São jogadores novos, então acredito que nós vamos repor os cofres do clube”, revelou.

Já Edinho, que tem contrato até junho de 2022, interessa ao Fortaleza. O jogador defendeu a equipe cearense em 2018, antes de assinar com o Atlético. No ano passado, ele foi emprestado ao próprio Leão do Pici. A diretoria do clube nordestino aguarda para fazer uma nova investida no jogador.


“A gente tomou conhecimento disso [Edinho fora dos planos do Galo] ontem [sexta]. Isso depende das partes, do Atlético, do Edinho. Se eu disser que a gente não quer o jogador, estou mentindo. Vamos monitorar a situação dele. Mas tem que se encaixar dentro dessa nova realidade. A pandemia gerou um efeito negativo nas contas dos clubes”, disse o diretor de futebol do Leão do Pici, Daniel de Paula Pessoa.

A última situação é a de Zé Welison. Entre os afastados, é quem tem o contrato mais longo (dezembro de 2023). A tendência é que o Atlético busque emprestar o jogador para diminuir o prejuízo mensal com o seu salário.