Após férias forçadas por conta da pandemia do novo coronavírus, o Atlético se prepara para reiniciar os trabalhos nesta segunda-feira. E o primeiro passo dado por Jorge Sampaoli foi selecionar os jogadores com os quais quer - ou não - contar no restante da temporada. No processo de seleção, o treinador não se mostrou muito satisfeito com o trabalho desempenhado pelo clube nas últimas janelas de transferência. Afinal, seis dos sete atletas fora dos planos foram contratados pela atual gestão alvinegra.
Entre os integrantes da “lista de dispensa” preparada pelo argentino, apenas o atacante Clayton chegou ao Atlético antes de dezembro de 2017, quando Sérgio Sette Câmara assumir a presidência. O jogador de 24 anos foi contratado em 2016, pela gestão comandada por Daniel Nepomuceno.
Para tirar do Figueirense uma das grandes promessas do futebol nacional naquele momento, o clube pagou 3 milhões de euros (cerca de R$ 13 milhões na cotação da época). Clayton, porém, nunca conseguiu se firmar no Atlético e foi emprestado seguidas vezes. Nas outras equipes pelas quais passou, o atacante também não repetiu o bom futebol que o fez despontar em Santa Catarina.
Todos os outros jogadores da lista de Sampaoli foram contratados na gestão Sette Câmara: o lateral-esquerdo Lucas Hernández, os volantes Zé Welison e Ramón Martínez, além dos atacantes Edinho, Ricardo Oliveira e Franco Di Santo. Embora os dois últimos tenham sido titulares na última partida do Atlético sob o comando do argentino (a vitória por 3 a 1 sobre o Villa Nova, pelo Campeonato Mineiro), nenhum deles foi convocado para a retomada das atividades do elenco e devem deixar o clube por empréstimo, rescisão contratual ou transferência em definitivo.
Ricardo Oliveira
Zé Welison
Em junho de 2018, Zé Welison chegou ao Atlético, com aval do então diretor de futebol Alexandre Gallo. Ex-jogador do Vitória, o volante nunca conseguiu se tornar unanimidade entre os torcedores e alternou entre o banco de reservas e a titularidade. Com forte poder de marcação, o atleta de 25 anos não se encaixa no estilo de jogo proposto por Jorge Sampaoli, já que tem o passe como um dos principais defeitos. Pelo clube, fez 66 partidas e nenhum gol.
Edinho
Lucas Hernández
Em junho de 2019, o então diretor de futebol atleticano, Rui Costa, apostou em jogadores nascidos em países vizinhos. O primeiro contratado foi o lateral-esquerdo uruguaio Lucas Hernández, que deixava o Peñarol para tentar disputar posição com o já questionado Fábio Santos. Comprado por 3 milhões de dólares (cerca de R$ 12 milhões na cotação da época), o jogador de 27 anos nunca se firmou e sempre foi reserva. Em sete jogos com a camisa alvinegra, não fez gols.
Ramón Martínez
Depois de Hernández, o Atlético anunciou a contratação do volante paraguaio Ramón Martínez, em outro negócio avalizado por Rui Costa. Ex-Guaraní-PAR e com passagem pela seleção local, o jogador de 24 anos custou 2,2 milhões de dólares (cerca de R$ 8,4 milhões na cotação da época) aos cofres alvinegros. Também nunca se firmou como titular na Cidade do Galo. Em 14 jogos, não fez gols.