“O 'DNA Alvinegro' é um projeto que venho desenvolvendo em todos os clubes por onde passei. Às vezes muda a nomenclatura, mas o conceito é o mesmo. Hoje, é coordenado pelo Thiago Rebello, que é uma pessoa especialista nessa área, que desde 2013 vem desenvolvendo esse tipo de atividade. A gente trabalha todas as questões de fundamentos, passando pela área nutricional, de fisiologia, física, tática e técnica, por posição. Ou seja, os laterais trabalham com treinos específicos para laterais, os zagueiros para zagueiros, os volantes para volantes, meias, atacantes. Temos hoje dois ex-profissionais que trabalham junto com o Thiago e os estagiários, que é o Everton, nosso meia, e o Reinaldo, o Rei. O Rei com os atacantes, o Everton com mais com os meio-campistas e o Thiago com a linha defensiva e os demais”, disse o dirigente, em entrevista à TV Galo.
Chávare insiste que é preciso investir em questões específicas para cada posição. Dessa forma, o clube trabalha com perfis esperados para goleiro, zagueiro, lateral, volante, meia, ponta e atacante, formando jogadores com características particulares para cada setor do campo.
“Temos muito que defender o DNA do clube, tanto é que hoje nós trabalhamos com todos os protocolos, com todas as metodologias, criando nosso caderno metodológico, com todos os protocolos, com todas as características do que a gente imagina como ideal para o goleiro, para o lateral, para o zagueiro, para o meio-campista, para os atacantes. Não há dúvida que, tanto essa parte de treinamento do DNA Alvinegro, que é realmente a gente investir, insistir nas questões específicas, nos fundamentos”, destaca.
Fundamentos
Chávare destaca a importância dos fundamentos na formação dos jogadores da base. “É uma coisa que ouvíamos muito: ‘As categorias de base treinam muito pouco fundamento hoje’; ‘Você abandonou questão de fundamento’. Ouvíamos muito isso ao longo do tempo, que a base tinha abandonado essa questão, que o jogador chegava na equipe principal com dificuldades. Isso tudo é um trabalho para que o jogador chegue à equipe principal esteja o mínimo necessário que a equipe precise para que ele possa seguir evoluindo dentro da equipe principal”.
O diretor da base do Atlético diz que há uma carga pesada de treinamentos para que o atleta chegue ao profissional dominando os fundamentos básicos do jogo, como passe, finalização e cabeceio.
“Hoje, um jogador com 14 anos que consegue, durante a semana dele, ter pelo menos dois dias de treinamentos só de fundamentos. Imagine esse garoto quando completar 16, 17 e 18 anos. O tempo, a quantidade de treinamentos que ele teve ao longo da formação”, afirmou Chávare.