Sem arrecadações durante o período de pausa do futebol brasileiro em função da pandemia do coronavírus, os clubes do país se preocupam com o pagamento dos salários dos atletas. No Atlético, a situação financeira estava quase normalizada. Com a folha principal em dia, o clube deve dois meses de direitos de imagem aos jogadores, como confirmou o presidente Sérgio Sette Câmara.
“Nós estamos com nossos salários em dia aqui no Atlético. Temos apenas o atraso de duas folhas de direito de imagem, mas uma nós vamos acertar em breve. Estamos numa situação bastante razoável. Temos também alguma coisa de premiação, que não é salário, mas nós vamos honrar na medida do possível”, disse, em entrevista à Rádio 98.
Sette Câmara entende que a situação do Atlético é uma das melhores no futebol brasileiro atualmente. Ele acredita que todos os clubes vão passar por dificuldades por causa da falta de arrecadações com a ausência de jogos.
“Mas a situação do Atlético é uma das melhores no Brasil afora. A gente quer estar com tudo em dia, estávamos caminhando muito para isso, mas essa situação mudou tudo e vai nos exigir tomar atitudes inteligentes e duras”.
Nesta quinta-feira, os clubes vão se reunir para tomar decisões. A tendência é que as férias coletivas sejam definidas. Uma possível redução salarial dos jogadores também estará em pauta.
“Tudo que for feito vai ser no sentido de preservar a instituição. Acho que algumas medidas não serão populares, mas o torcedor tem que confiar no que estamos fazendo aqui, e acreditar que tudo que for feito será pensando, em primeiro lugar, no Clube Atlético Mineiro”, concluiu o presidente.
Caso os clubes entrem em acordo, as férias coletivas podem começar no dia 1º de abril. A duração inicial deve ser de 20 dias, com opção de estender por mais dez, caso a situação do coronavírus não esteja resolvida.