Mattos foi campeão nacional pelo Cruzeiro, em 2013 e 2014, e pelo Palmeiras, em 2016 e 2018. Agora, no Atlético, ele vislumbra novamente levantar essa taça.
“O presidente (Sette Câmara) também já me disse que tem este desejo, este sonho, de conquistar o Campeonato Brasileiro. Acho que tudo tem seu tempo. Com muita tranquilidade, a gente vai conseguir, com todos, principalmente o nosso torcedor, fazer esse sonho virar realidade”, ponderou o diretor de futebol do Atlético.
Legado
Em cinco anos no Palmeiras, Alexandre Mattos acha que ganhou experiência suficiente para ajudar o Atlético voltar a conquistar títulos. No clube paulista, além dos dois Brasileiros, ele ainda ganhou uma Copa do Brasil, em 2015. Taças à parte, o mais importante para ele é montar uma base sólida que mantenha o clube entre os mais competitivos do país por alguns anos.
“Falando de mim, (me vejo) um profissional muito mais preparado e maduro. A gente aprende muito nos erros. Tenho consciência de erros e acertos, acredito que muito mais acertos. Os próprios números estão aí: títulos e legado. O legado é importante, só ver o que no Palmeiras ainda tem hoje, dos jogadores que estão lá, fazendo gols e conseguindo vitórias, assim como os funcionários e as ideias de projeto estão todos lá. Isso é o mais importante. É isso que eu espero fazer no Atlético, um grande trabalho e, no dia que sair daqui, ainda deixar um legado, deixar conquistas de títulos e a equipe ainda ser protagonista", afirmou.
Pressão por resultados
Ainda que tenha ajudado o Palmeiras a conquistar três títulos de expressão e montar um grupo consistente, graças ao alto investimento da Crefisa, Mattos foi demitido em 1º de dezembro de 2019 diante da fracassada temporada de 2019. A ascensão do Flamengo de Jorge Jesus, campeão do Brasileiro e da Copa Libertadores, também ajudou a ofuscar o ano palmeirense.
No Atlético, ele sabe que a pressão por títulos será enorme diante da grande expectativa do torcedor a partir de sua chegada e também do acerto com o argentino Jorge Sampaoli.
“A gente sabe que, no nosso futebol, o que vale é ganhar. Então, quando você ganha, você é o melhor e, quando não ganha, não serve para nada. Quando, no Palmeiras, tive a felicidade de ganhar dois Campeonatos Brasileiros, uma Copa do Brasil, ser protagonista do Brasileiro - nos quatro últimos anos, dois títulos, um vice-campeonato e um terceiro lugar - e está ruim para as pessoas. O Palmeiras, antes da parada no Brasileiro de 2019, era o melhor time, com oito vitórias e um empate em nove rodadas, tinha a melhor campanha da Libertadores, era o melhor. Aí, perdemos a Libertadores e, em um mês e meio, virou o pior, apontaram o dedo. São coisas que a gente tem que enfrentar no futebol, saber que a gente tem que trabalhar sempre sob pressão de conquistar resultados”, acrescentou.