Alexandre Mattos ao lado de Domênico Bhering, um dos seus antecessores no cargo - Foto: Bruno Cantini / Agência Galo / Atlético Alexandre Mattos chega ao Atlético com a missão de montar um projeto vitorioso de longo prazo. Desde a saída de Eduardo Maluf (morto em decorrência de um câncer no estômago, em 2017), passaram pelo Galo cinco gestores do futebol, entre interinos e efetivos: André Figueiredo, Domênico Bhering (interino), Alexandre Gallo, Marques (interino) e Rui Costa. Nenhum deles conquistou um título sequer.

André Figueiredo chegou ao Atlético em 2002. Passou a fazer parte das categorias de base do clube alvinegro na função de captação de jogadores. Dois anos depois, com a saída de Ricardo Drubscky, então diretor da base, Figueiredo acabou assumindo o cargo.

André Figueiredo colecionou vários títulos no comando da base do Galo - o último, a Copa do Brasil Sub-20, em junho de 2017, conquistada diante do Flamengo, nos pênaltis, na Ilha do Urubu, no Rio de Janeiro. 

Figueiredo foi confirmado como gestor do futebol profissional do Atlético pelo presidente Daniel Nepomuceno em 16 de junho. Apesar do respaldo do presidente, André foi alvo de críticas desde sua chegada ao departamento profissional.

Além das críticas da torcida, o diretor foi alvo de um ídolo recente do Atlético. Campeão da Libertadores em 2013 com o Galo, o atacante Bernard fez comentários em uma rede social nos quais responsabilizou André Figueiredo por suas dispensas do clube. Queimado com a torcida, ele deixou o cargo em agosto de 2017.

Diretor de comunicação do Atlético, Domênico Bhering assumiu o futebol após a saída de André Figueiredo em agosto de 2017. No Galo desde 2000, Domênico tinha o aval do então presidente Daniel Nepomuceno e do ex-mandatário Alexandre Kalil. Ele já fazia parte da força-tarefa chefiada por Nepomuceno e ficou interinamente no cargo por alguns meses.

Quando Sérgio Sette Câmara venceu a eleição presidencial no Atlético, Alexandre Gallo foi nomeado para comandar o futebol do clube. Ele assumiu em dezembro de 2017 e ficou até outubro de 2018. 

Em seu período de gestor de futebol no Atlético, Gallo contratou 18 jogadores. Alguns reforços foram criticados por imprensa e torcida, casos dos laterais Samuel Xavier e Emerson, do zagueiro Martín Rea, do volante Arouca, dos meias Tomás Andrade e David Terans e dos atacantes Denílson, Edinho e Leandrinho.

Três treinadores trabalharam com Gallo: Oswaldo de Oliveira, Thiago Larghi e Levir Culpi.

A chegada de Róger Guedes foi o grande acerto de Gallo.

Com a demissão de Gallo, em outubro de 2018, Marques assumiu o futebol do clube. Ficou pouco tempo no cargo e deu lugar a Rui Costa, em abril de 2019. A partir desse momento, virou gerente de futebol. Foi demitido em fevereiro deste ano. 

O Atlético contratou Rui Costa em 11 de abril de 2019, num momento de crise. Na noite anterior, a equipe havia sido goleada por 4 a 1 pelo Cerro Porteño-PAR, na fase de grupos da Copa Libertadores. O resultado fez com que o técnico Levir Culpi fosse demitido.

Em dez meses de Atlético, Rui Costa nunca foi unanimidade entre os torcedores. Sob a gestão dele, o Atlético contratou quatro jogadores em 2019 (o goleiro Wilson, o lateral-esquerdo Lucas Hernández, o volante Ramón Martínez e o centroavante Franco Di Santo). Em 2020, foram mais sete reforços anunciados (o lateral-direito Mailton, o lateral-esquerdo Guilherme Arana, o volante Allan, os meia-atacantes Dylan Borrero, Hyoran e Savarino, além do atacante Diego Tardelli).

Com Rui Costa na diretoria de futebol, o Atlético teve três treinadores: Rodrigo Santana (que iniciou o trabalho como interino e, posteriormente, foi efetivado), Vagner Mancini e Rafael Dudamel. Ele foi demitido do cargo em fevereiro deste ano após as quedas do time na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana.