O Atlético anunciou, na noite desta quinta-feira, a contratação do diretor de futebol Alexandre Mattos. O executivo desistiu do projeto no Reading, da Segunda Divisão da Inglaterra, e assinou contrato com o alvinegro.
O anúncio da contratação foi feito pelo presidente Sérgio Sette Câmara em seu Twitter. "Estamos seguindo um caminho importante. Com responsabilidade, trouxemos os melhores: Sampaoli e, agora, Alexandre Mattos. #AquiÉGalo", publicou.
Em entrevista à Rádio Itatiaia, Sette Câmara explicou por que chegou ao nome de Mattos. "A opção de trazer o Alexandre Mattos, em primeiro lugar, foi pela competência dele. É um profissional de capacidade muito grande e reconhecida. Vencedor, ganhador de vários títulos nacionais. É uma pessoa que eu tenho uma relação de muitos anos. Portanto, eu o considero um amigo, uma pessoa da minha confiança. Eu entendo que esse cargo é de muita confiança, muito ligado ao presidente".
O anúncio da contratação foi feito pelo presidente Sérgio Sette Câmara em seu Twitter. "Estamos seguindo um caminho importante. Com responsabilidade, trouxemos os melhores: Sampaoli e, agora, Alexandre Mattos. #AquiÉGalo", publicou.
Em entrevista à Rádio Itatiaia, Sette Câmara explicou por que chegou ao nome de Mattos. "A opção de trazer o Alexandre Mattos, em primeiro lugar, foi pela competência dele. É um profissional de capacidade muito grande e reconhecida. Vencedor, ganhador de vários títulos nacionais. É uma pessoa que eu tenho uma relação de muitos anos. Portanto, eu o considero um amigo, uma pessoa da minha confiança. Eu entendo que esse cargo é de muita confiança, muito ligado ao presidente".
O Atlético estava em busca de um diretor de futebol desde que demitiu Rui Costa, na madrugada de 27 de fevereiro, horas após a eliminação para o Afogados (PE) na segunda fase da Copa do Brasil. A aproximação do acerto com Alexandre Mattos se deu em reunião na última quinta-feira, no escritório de advocacia de Sette Câmara, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
No encontro - que durou mais de três horas -, o presidente apresentou informalmente a proposta a Mattos. Na ocasião, o executivo se mostrou animado com a possibilidade de assumir o cargo no Atlético, mas comunicou a Sette Câmara que ainda não havia desistido da ideia de trabalhar no Reading.
Mattos, porém, encontrava dificuldades para conseguir o visto de trabalho, em meio à saída da Inglaterra da Comunidade Européia (Brexit). Outros fatores que dificultaram o projeto europeu do dirigente foram um imbróglio fiscal vivido pelo Reading e a epidemia do coronavírus.
Na última segunda-feira, Mattos formalizou aos executivos do clube inglês a desistência do acordo, firmado há três meses. Em nota divulgada à imprensa, o dirigente explicou os motivos da decisão.
Carreira de Mattos
Alexandre Mattos começou a carreira como dirigente de futebol no América, em 2008. No clube, foi campeão do Módulo II do Campeonato Mineiro de 2008 e o Campeonato Brasileiro da Série C em 2009. Em 2010, subiu da Série B para a A. No ano seguinte, o time foi rebaixado à Segunda Divisão.
Em seguida, foi contratado pelo Cruzeiro, em 2012. No clube celeste, foi bicampeão brasileiro (2013 e 2014) e campeão mineiro (2014). Em 2015, foi contratado pelo Palmeiras. Em São Paulo, conquistou a Copa do Brasil (2015) e duas vezes o Campeonato Brasileiro (2016 e 2018). Em dezembro de 2019, deixou o clube sob muitas críticas da torcida.
Inspiração
Alguns fatores explicam a decisão de o dirigente negociar com o Atlético. O primeiro e mais claro é o fato de que Mattos não quer ter “portas fechadas” em clubes rivais dos que ele trabalhou. O executivo entende que pode desvincular a própria imagem do Cruzeiro e executar um bom trabalho no rival local.
A amigos, Mattos explicou a decisão de negociar com o Atlético mesmo tendo histórico no Cruzeiro. E um nome constantemente citado como inspiração pelo dirigente é Eduardo Maluf, ex-diretor de futebol dos dois principais clubes de Minas Gerais e bastante respeitado pelas torcidas alvinegra e celeste.
Morto em junho de 2017 vítima de um câncer no estômago, Eduardo Maluf conquistou 13 títulos oficiais nas várias passagens pelo Cruzeiro. No clube celeste, montou a equipe que conquistou a Tríplice Coroa em 2003, com as taças do Campeonato Mineiro, da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro.
Maluf acumulou ainda duas passagens pelo Atlético, em 2000 e de 2010 a 2017. No clube, participou das conquistas do Campeonato Mineiro (2000, 2012, 2013, 2015 e 2017), da Copa Libertadores (2013), da Recopa Sul-Americana (2014) e da Copa do Brasil (2014). O ex-dirigente é a “fórmula de sucesso” buscada por Mattos, que muito o elogiou ao longo da carreira.
“Se hoje eu existo, se hoje sou diretor de futebol, é pela admiração e pelo carinho, o respeito pelo Maluf. Lembro quando estava lá jovem, pensando em algo no futebol, não fui jogador, joguei apenas base, mas eu olhava o Maluf e falava que queria ser esse cara. Ele é o melhor que teve, foi nele que me inspirei. Vi tudo que fez”, disse Mattos ao Superesportes no dia da morte de Maluf.
Patrocinadores e chance de rivalizar com 'ricos'
Além da inspiração em Maluf e do profissionalismo que quer passar ao mercado, outros fatores ajudam a explicar o interesse de Mattos em fechar com o Atlético. O executivo é muito amigo do presidente alvinegro, Sérgio Sette Câmara. Em reunião na última quinta-feira, o mandatário o convenceu de que poderia fazer um bom trabalho na Cidade do Galo.
E um trunfo alvinegro no convencimento a Mattos é o apoio de patrocinadores na busca por contratações. Em meio a um momento financeiro ruim, o Atlético conta com auxílio de parceiros como o BMG e a MRV em movimentações mais ousadas no mercado. Ter essa “carta na manga” é um dos principais atrativos para o dirigente.
Nas próximas semanas, o Atlético irá ao mercado para atender a pedidos de Jorge Sampaoli. No entendimento de Sérgio Sette Câmara, Alexandre Mattos, pelo perfil sabidamente “agressivo” e “arrojado” que tem nas negociações, é o nome ideal nesse processo de remontagem do elenco.
Mattos entende que o aporte financeiro dos patrocinadores na busca por reforços e a possibilidade de ter Jorge Sampaoli no banco de reservas são fatores que podem fazer o Atlético rivalizar com os mais ricos do futebol brasileiro, como Palmeiras e Flamengo.