O lateral-esquerdo Guilherme Arana, de 22 anos, foi uma das grandes contratações do Atlético para a temporada 2020. Ele só fez cinco jogos com a camisa alvinegra, mas alguns torcedores já idolatram o jogador. O motivo: uma caneta em Adilson Batista, técnico do Cruzeiro, durante a vitória do Galo no clássico do último sábado, por 2 a 1, no Mineirão.
Tudo começou quando Arana tentou cobrar um lateral rápido no campo de ataque, levou uma ‘trombada’ do treinador e aplicou uma caneta na sequência. Em entrevista ao Canal Pilhado, do Youtube, ele explicou tudo que aconteceu.
“Teve um motivo. Eu fui cobrar o lateral rápido. O Adilson, treinador do Cruzeiro, foi bem malandro e entrou na minha frente. Eu estava na velocidade, bati nele e caí. Eu dei uma valorizada para o juiz dar um cartão para ele. No jeito malandro dele, ele disse: ‘Não foi nada’. Aí o juiz entrou na dele e falou: ‘Arana, eu vi e não foi nada’. Nisso, o gandula jogou a bola no meu pé. O Adilson ficou conversando com o juiz e eu esperei a brecha de ele abrir as pernas. Quando ele abriu as pernas para pegar a bola, eu só rolei. Até ele virar o corpo, eu já estava lá atrás completando a caneta. Aí a torcida atrás do banco começou a gritar. Não satisfeito, eu voltei e cumprimentei ele”, disse o jogador.
Questionado, Arana afirmou que Adilson Batista mereceu levar a caneta no clássico. “Ele mereceu a caneta, ele sabe que mereceu, porque entrou na minha frente. Ele sabe que mereceu”.
Meme na internet
Pouco depois do jogo, o Atlético postou o lance de Guilherme Arana nas redes sociais. O lateral-esquerdo aproveitou a brecha e também fez a postagem. Era o que precisava para jogador ganhar de vez o apoio da torcida atleticana.
“Virou meme. Está todo mundo na internet comentando. ‘Já virou ídolo, com pouco tempo aqui já virou ídolo. Aqui é Galo’”.
Bronca do pai
Depois do jogo, Arana era só felicidade com o lance e com a vitória do Galo com gol nos acréscimos. Quando pegou o celular no vestiário, o lateral viu uma bronca do pai em relação ao lance com Adilson Batista.
“Depois do jogo, eu abri o meu celular e tinha mensagem do meu pai. ‘Moleque, você é maluco. Você deu uma caneta no treinador dos caras, no Adilson. Se isso fosse na época que ele jogava, você estaria morto, ele iria te levantar uns dois metros’. Eu falei: ‘Faz tempo, já passou essa época. Agora ele está lento (risos)’. Foi uma forma de sair por cima daquele lance”.
Marca registrada
Desde que foi revelado pelo Corinthians, Guilherme Arana tinha a caneta nos adversários como uma de suas especialidades em campo. O jogador lançou até uma marca própria de boné com uma caneta na logo. O lateral-esquerdo do Galo contou essa história.
“Quando eu jogava no Corinthians, todo jogo eu dava uma caneta. Era impressionante. Eu fiz até uma marca, um boné com uma caneta, e vendeu pra caramba. Virou ‘Arana Bic’, ‘Aranas Caneta’. Quando cheguei aqui, o pessoal perguntou se teria caneta nos jogos. Todo mundo fala. Virou natural. No meu primeiro jogo, os caras já pediram a caneta. E a caneta foi a forma de poder voltar com tudo, dando uma caneta no treinador do rival”.
Para Arana, inclusive, o lance envolvendo Adilson Batista foi marcante para a carreira dele. “Acho que foi (a mais marcante). Quem dá caneta em treinador? Todo mundo está me mandando mensagem. Postei no Instagram e todo mundo dando risada, os jogadores”, concluiu.
Marca de boné lançada por Guilherme Arana por causa das canetas aplicadas - Foto: Reprodução/Instagram