Pouco utilizado neste início de temporada, Ricardo Oliveira quer mostrar seu valor no Atlético. Após iniciar o ano no banco de reservas, o centroavante voltou a figurar entre os titulares nos últimos dois jogos, sob o comando do auxiliar técnico James de Freitas. Porém, a definição da formação inicial agora fica a cargo do técnico Jorge Sampaoli. Com a chegada do comandante argentino, o atacante de 39 anos tenta mostrar sua importância para o grupo alvinegro na sequência da temporada.
“É tudo diferente, é tudo novo, foi ano passado, já fica no esquecimento. Agora, que o Sampaoli está aqui, preciso demonstrar todos os dias, nos treinamentos, que tenho condições de ajudá-lo, de dar a resposta que ele precisa e quer, mas também que o time necessita, o torcedor espera, a diretoria espera. Estou tranquilo, venho treinando forte, joguei muito pouco neste início de temporada. Não me vejo abaixo fisicamente. Nos momentos que foi necessário entrar, dei uma resposta boa fisicamente. Estou muito bem preparado”, avaliou Oliveira.
Em sete partidas em 2020 (quatro como titular), Ricardo marcou um gol - no empate por 2 a 2 com o Afogados-PE, que decretou a eliminação alvinegra na segunda fase da Copa do Brasil. O atacante disse entender as críticas ao desempenho dos centroavantes do Atlético, mas ressaltou a necessidade da criação de mais oportunidades no setor ofensivo. Para ele, só assim a qualidade dos 'camisas 9' pode ser questionada.
“Quando a gente consegue criar as oportunidades para um 9, aí você pode questionar a qualidade dele. Quando ele tem três, quatro oportunidades num jogo e não consegue fazer, aí sim você pode questionar. Quando ele não tem, fica difícil questionar. Quando o time cria, certamente ele vai ter oportunidades de fazer gols. O time dele (Sampaoli) é um time que joga pra frente, cria bastante”, disse.
“Nós vivemos de gols, o centroavante vive de gols, vamos ser cobrados por isso. Ele só vai ter condição de fazer gols e dar essa resposta quando a bola chega. E é uma verdade: nosso time tem tido dificuldade na criação. A gente tem poucas oportunidades de gol no jogo. A gente procura fazer as movimentações, abrir espaço, mas a gente tem tido essa dificuldade. Esperamos que, com a chegada do Sampaoli, a gente tenha mais essa oportunidade. Eu, Di Santo, Tardelli... Que tenhamos mais ocasiões, mais oportunidades, pra poder concluir em gol, poder fazer os gols necessários”, completou.
Reavaliação
Em 2019, Jorge Sampaoli pediu à diretoria do Santos a contratação de Ricardo Oliveira, do Atlético. As negociações, porém, não avançaram. Nesta temporada, o jogador de 39 anos tem a oportunidade de trabalhar com o treinador argentino, agora na Cidade do Galo.
Para Ricardo, o interesse de Sampaoli em 2019 não o garante na equipe titular do Atlético em 2020. O centroavante quer deixar esse 'passado' de lado e provar que ainda pode ser útil ao clube.
Para Ricardo, o interesse de Sampaoli em 2019 não o garante na equipe titular do Atlético em 2020. O centroavante quer deixar esse 'passado' de lado e provar que ainda pode ser útil ao clube.
"Não aconteceu naquele momento (a parceria com Sampaoli), eu estava aqui (no Atlético). O que eu preciso é demonstrar pra ele, agora, que eu sou o mesmo jogador que ele queria no ano passado, do lado dele. A oportunidade está aberta", disse Oliveira.
Questionado sobre o tema, Sampaoli disse que reavaliará o desempenho de Ricardo Oliveira. Para o técnico, o jogador se encaixaria na proposta de jogo em 2019. Em 2020, será necessária uma nova análise.
“Naquele momento (da indicação ao Santos), Ricardo, pelo que geraria para o Santos, naquele momento, nós recorremos a ele para que se poderia chegar e ajudar naquele momento. Hoje, Ricardo será avaliado como todos para ver se está à altura do que a equipe necessita, o tipo de torneio que vamos jogar, e tomara que ele possa ser um dos tantos que, no diagnóstico final, fiquem representando essa ideia. Mas agora depende da avaliação atual. Aquela avaliação (no Santos) foi anterior”, pontuou Sampaoli.