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Inquietude, paixão pela bola e goleiros que jogam: o que vimos do 1º treino do Atlético com Sampaoli

Foram apenas 15 minutos com a presença da imprensa, mas já pudemos ver algumas das ideias do comandante argentino em prática na Cidade do Galo

postado em 09/03/2020 17:48 / atualizado em 09/03/2020 19:08

(Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Jorge Sampaoli não para. Vai de um lado para o outro, conversa com os auxiliares, orienta jogadores. Quando enfim se fixa em uma região do campo principal da Cidade do Galo, começa a roer as unhas e morder a tampa de uma caneta com a qual escreveria as primeiras impressões sobre o treino do Atlético na tarde desta segunda-feira. O primeiro dele no comando da equipe.

(Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Foram apenas 15 minutos de treinamento com a presença da imprensa, mas já pudemos ver algumas das ideias do comandante argentino em prática. O dia de trabalho do técnico começou cedo, ainda pela manhã, quando se reuniu com a diretoria e integrantes da comissão técnica, entre eles o auxiliar James Freitas, responsável por dirigir o time na vitória desse sábado por 2 a 1 sobre o Cruzeiro, no Mineirão.

À tarde, Sampaoli foi apresentado como novo treinador alvinegro e respondeu perguntas dos jornalistas em entrevista que durou cerca de 20 minutos. O recado foi claro: com ele, o time vai atacar - e sem medo. “O Atlético, pela minha característica, será um time extremamente de ataque, que vai tentar ser protagonista a todo tempo em qualquer campo que jogar e contra qualquer equipe, sem nenhum tipo de temor e nenhum tipo de resguardos”, disse.

Da sala de imprensa, Sampaoli partiu rapidamente para a sala do técnico na Cidade do Galo. Pouco depois, deixou o local e desceu para o gramado. Início do treino? Não. Inquieto, ficou no campo por pouco tempo e retornou para a parte interna do CT. Lá, reuniu-se pela primeira vez com os jogadores do Atlético. A conversa foi longa. O treino, que começaria às 16h, atrasou.


Amor à bola

Quando os jogadores desceram ao gramado da Cidade do Galo, foi possível observar o primeiro ato mais representativo de Sampaoli no Atlético: reintegrar Clayton ao elenco. O atacante de 24 anos treinava separadamente do grupo alvinegro e, agora, será avaliado pelo treinador e a comissão técnica, que teve ainda quatro aquisições: o auxiliar Jorge Desio, o analista de desempenho Diogo Meschine e os preparadores físicos Pablo Fernández e Marcos Fernández.

O outro profissional contratado pelo Atlético foi o gerente Gabriel Andreata, homem de confiança de Sampaoli. De roupa social, o dirigente esteve em campo para acompanhar o treinamento. Antes de a bola rolar, os dois conversaram. O treinador também bateu papo com o preparador físico Luis Otávio Kalil.

(Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


Em campo, a atividade começou com um aquecimento comandado por Pablo Fernández. Depois, enfim a bola rolou. Os auxiliares do treinador orientaram uma “roda de bobo” com regras bem estabelecidas, os chamados “rondos”. No trabalho, o elenco foi dividido em quatro grupos de oito jogadores.

Em cada roda, dois jogadores lutavam para recuperar a posse. Os seis de fora trocavam passes rapidamente, com a bola no chão. O máximo de toques permitidos por atleta era dois. Os quatro goleiros do elenco - Victor, Rafael, Michael e Matheus Mendes - participaram do treinamento como todos os atletas de linha (veja no vídeo abaixo). Saber ‘jogar com os pés’ é fundamental para os arqueiros dos times de Sampaoli.


Amem a bola, não podemos perdê-la”, gritava o auxiliar Jorge Desio. É a tônica dos trabalhos de Sampaoli. E, se tudo sair como o planejado, será o que todos verão durante os jogos do Atlético no mínimo até o fim de 2021 - quando se encerra o contrato do treinador argentino.




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