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Após pedir demissão do Atlético, filho de Kalil rebate ex-presidente Ricardo Guimarães

Médico Felipe Kalil pediu demissão do Galo na quarta-feira; Guimarães teria pedido a demissão do profissional

postado em 06/03/2020 12:58 / atualizado em 06/03/2020 13:18

(Foto: CBF TV/Reprodução)

Ex-médico do Atlético, Felipe Kalil rebateu Ricardo Guimarães sobre sua saída do Galo. O filho do prefeito de Belo Horizonte deixou o clube na quarta-feira ao saber que Guimarães queria a sua demissão. Em nota, o empresário negou participação no caso. Felipe disse que confirmou essa versão com o presidente Sérgio Sette Câmara, o vice Lásaro Cunha e o presidente do Conselho Deliberativo Castellar Guimarães Filho.

“O que causa estranheza é o desmentido do Dr. Ricardo Guimarães. A reunião realizada no Banco BMG, em sua sede em Belo Horizonte, contou com três membros da diretoria do clube: presidente Sérgio Sette Câmara, Dr. Lásaro Cunha e o Dr. Castellar Guimarães Filho. E todos confirmaram a mesma versão”, destacou.

Em nota ao Globoesporte, Guimarães disse que Felipe poderia ter saído em função de uma auditoria que avaliaria o quadro de funcionários do clube. “Apurei que uma empresa de consultoria está para ser contratada pelo Atlético e fará uma análise de cargos e salários no clube. Caso o médico Felipe Kalil tenha antecipado sua saída em razão da contratação de referida empresa, tal decisão é de caráter pessoal e não deve ser atribuída a terceiro, como se insinua”.

Felipe rebateu: “A respeito do parágrafo rasteiro sobre auditoria no Atlético, esclareço que recebia com carteira assinada, exercendo minha profissão de médico; o que faço há 10 anos. De mais a mais, auditorias só amedrontam bandidos de colarinho branco, que vivem envolvidos em encrencas criminais”.

Diferenças

Ricardo Guimarães e Alexandre Kalil são adversários políticos no Atlético há vários anos. Recentemente, o banqueiro passou a ter bastante influência na gestão de Sérgio Sette Câmara.

Enquanto Kalil presidiu o Atlético entre 2008 e 2014, Ricardo Guimarães foi o mandatário entre 2001 e 2006.

O afastamento político entre os dois se deu em 2003. À época, Kalil era responsável pelo departamento de futebol do Atlético, justamente na gestão de Ricardo Guimarães.

(Foto: Jorge Gontijo/Estado de Minas - 19/04/2002)


O racha inicial foi em decorrência da aproximação de Ricardo Guimarães com a Confederação Brasileira de Futebol, então presidida por Ricardo Teixeira. Kalil, por sua vez, era radicalmente contra o estreitamento da relação com a entidade.

Por causa dessa divergência, Kalil deixou a gestão de Guimarães em 2003. Em 2004, ele assumiu a presidência do Conselho Deliberativo do Atlético. Quatro anos depois, tornou-se presidente executivo, função que exerceu até 2014.

No período como presidente, Kalil levou o Atlético aos títulos mineiros de 2010, 2012 e 2013; da Copa Libertadores de 2013; da Recopa e da Copa do Brasil de 2014.

Já no mandato de Guimarães, o Atlético foi campeão apenas da Série B de 2006. No ano anterior, o clube caiu de forma inédita à Segunda Divisão do futebol brasileiro.

Confira as notas na íntegra


Nota de Felipe Kalil

Em resposta a nota, respondo também através de nota:
 
 
“O que causa estranheza é o desmentido do Dr. Ricardo Guimarães. A reunião realizada no Banco BMG, em sua sede em Belo Horizonte, contou com três membros da diretoria do clube: presidente Sérgio Sette Câmara, Dr. Lásaro Cunha e o Dr. Castellar Guimarães Filho. E todos confirmaram a mesma versão.

A respeito do parágrafo rasteiro sobre auditoria no Atlético, esclareço que recebia com carteira assinada, exercendo minha profissão de médico; o que faço há 10 anos. De mais a mais, auditorias só amedrontam bandidos de colarinho branco, que vivem envolvidos em encrencas criminais”

Att.
Felipe Naves Kalil




Nota de Ricardo Guimarães

Recebi com estranheza o envolvimento do meu nome no desligamento do médico Felipe Kalil do quadro de funcionários do Atlético.

Não tenho qualquer ingerência na administração do Clube. Quando chamado, compareço para socorrer em questões pontuais, como faço ao longo dos últimos 14 anos, desde que se encerrou meu mandato como Presidente.

Entretanto, ontem apurei  que  uma empresa de consultoria está para ser contratada pelo Atlético e fará uma análise de cargos e salários no clube.

Caso o médico Felipe Kalil tenha antecipado sua saída em razão da contratação de referida empresa, tal decisão é de caráter pessoal e não deve ser atribuída a terceiro, como se insinua.

No caso específico, ao invés de querer saber se alguém pediu a saída dele, a pergunta que deve ser feita é como ficará a vaga que se encontra em aberto, ela será preenchida? Caso seja,  qual será o custo deste profissional?

Finalmente, gostaria de registrar que jamais indiquei qualquer familiar para prestar serviços ou trabalhar no Atlético de forma remunerada e, assim,  não contribuí na elevação das despesas do Clube e jamais o utilizei para alavancar interesses pessoais, de qualquer natureza.

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