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Atlético tem vitória contra o Portimonense na Fifa em caso envolvendo o atacante Tabata

Clube português foi condenado a pagar 110 mil euros (R$ 566 mil) à equipe mineira

Redação
Tabata, de 22 anos, disputou 20 jogos nesta temporada, mas não marcou gol - Foto: Divulgação / Portimonense
O Atlético teve uma vitória importante nesta quinta-feira, na Câmara de Resoluções de Disputa da Fifa, contra o Portimonense, de Portugal. O juiz Johan van Gaalen acolheu parcialmente a ação do Galo, condenando o clube português a pagar 110 mil euros (R$ 566 mil) à equipe mineira pela transferência do atacante Tabata.


A divulgação da informação foi feita pelo vice-presidente do clube, Lásaro Cândido da Cunha, em suas redes sociais. Segundo o dirigente, o clube português ainda pode recorrer da sentença.

"Lutamos muito para o Atlético ser ressarcido (caso Tabata). Hoje (quinta-feira), saiu a decisão da FIFA acolhendo parcialmente nossa ação. Portimonense condenado a pagar 110 mil euros. Mas a luta continua. Parabéns equipe jurídica", disse Lásaro.


O caso


Bruno Vinícius Souza Ramos, conhecido como Bruno Tabata, chegou à Cidade do Galo em 2012, ainda na categoria infantil. Em novembro de 2015, jogador e clube se desentenderam sobre a renovação contratual. O meia-atacante tinha tinha vínculo com o Atlético até o 31 de março de 2016, mas, no final de 2015, começou a receber propostas de clubes da Europa.


A questão virou uma contenda judicial e Tabata passou um período apenas treinando, afastado dos jogos do Galo.

Em dezembro de 2015, o Atlético conseguiu uma liminar na Justiça para impedir que o atleta assinasse com outro clube, evitando, assim, que Tabata deixasse a Cidade do Galo de graça. O Atlético pretendia conseguir a renovação automática do contrato, sob o argumento de que a Lei garantia ao Alvinegro a prioridade de renovação, caso igualasse qualquer proposta recebida pelo jogador. Se, mesmo assim, Tabata optasse pela transferência, o Atlético entendia que deveria ser indenizado.

Em janeiro de 2016, o Portimonense protocolizou na Federação Mineira de Futebol uma proposta oficial de salário de 20 mil euros para Tabata. Como se tratava de um atleta da base - ao contrário do que aconteceria caso fosse um profissional em fim de contrato - o Atlético tinha o direito de igualar qualquer oferta feita ao jogador.

Porém, à época, o teto da remuneração dos jogadores da base atleticana era de R$ 2 mil, e o clube não abriu exceção para o atleta.

O Atlético perdeu a ação judicial em primeira instância, e Tabata foi liberado para assinar com o Portimonense. A juíza da 48ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte entendeu que o Galo optou por não exercer seu direito de preferência ao não equiparar o salário do atleta à proposta do clube português. O Atlético recorreu da decisão e o processo.

Posteriormente, o caso foi retirado da Justiça comum e levado para a Fifa.

Tabata se apresentou ao Portimonense em abril de 2016, então com 19 anos. Em quatro temporadas jogando pelo clube português, ele fez 108 jogos e marcou oito gols.