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Rafael evita polêmica com dirigente do Cruzeiro que o chamou de ingrato e ganancioso

Carlos Ferreira Rocha, do Núcleo Dirigente Transitório do Cruzeiro, chegou a falar que ação do goleiro contra o clube foi imoral

postado em 04/03/2020 17:32 / atualizado em 04/03/2020 17:57

(Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press)
A troca da Toca da Raposa pela Cidade do Galo obrigou o goleiro Rafael a responder várias perguntas relacionadas ao Cruzeiro em sua apresentação ao Atlético, nesta quarta-feira. Uma delas foi acerca da declaração de Carlos Ferreira Rocha, integrante do Núcleo Dirigente Transitório cruzeirense, que o chamou de ‘ingrato’ e ‘ganancioso’.



O posicionamento de Carlos foi motivado pela ação movida por Rafael contra o Cruzeiro na Justiça, no começo deste ano. Em 14 de fevereiro, o jurídico cruzeirense acabou fazendo um acordo com o goleiro e o liberou para acertar com outro clube, que acabou sendo o Atlético.

Ao ser apresentado na Cidade do Galo, nesta quarta-feira, Rafael evitou polêmicas com o dirigente do Cruzeiro. 

Eu preferi ficar calado porque eu adoto postura de não ficar discutindo, minha família sabe, estava comigo em todas as reuniões que tivemos, e não é a opinião de uma pessoa que vai dizer a opinião de todos que trabalham lá no Cruzeiro. Foi opinião do Carlos, apenas, que disse isso, mas tenho certeza que não é a opinião formada de todos os profissionais. Tenho consciência tranquila de todas as reuniões, de tudo que ocorreu, mas não queria voltar, relembrar, porque, por mais que tenha ferido, palavras que não são verdade, isso passou. Tudo bem, não guardo mágoa nenhuma. Eu sigo em frente, ele lá, eu aqui, cada um vai para caminhos diferentes, sonhos diferentes. Ficar remoendo isso é pior. Tenho muitas coisas bonitas para ver, para trabalhar, para treinar. Vamos olhar para frente, dar start nesse projeto, porque estou sendo muito bem recebido e muito ansioso para começar”, declarou.

Na época do acordo feito por Rafael com o Cruzeiro, Carlos Ferreira Rocha disse que o goleiro tinha sim direito de ir à Justiça para requerer direitos trabalhistas que estavam em atraso, mas considerou a opção do goleiro “imoral”.

“Tivemos que fazer o acordo com ele na audiência. Nas redes sociais eu vi gente falando que o Cruzeiro ficou satisfeito. Nós não ficamos satisfeitos. Rafael foi ingrato e ganancioso. Isso que o Rafael foi. É um direito legal dele, até porque tinha três meses de salários atrasados. Mas é imoral. E vão dizer que é imoral o Cruzeiro ficar devendo três meses. Não é. Quando você tem e não paga, há imoralidade. Mas quando você não tem de onde tirar, não é imoral”, disse o dirigente, em entrevista à Rádio Itatiaia.

Na audiência de conciliação, o Cruzeiro propôs quitar parte dos atrasados (cerca de R$ 2 milhões) com Rafael de forma parcelada e a partir de meados de 2021. Por outro lado, o goleiro conseguiu a rescisão de contrato e ficou livre para acertar com o Atlético.



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