A passagem de Rafael Dudamel foi a mais rápida de um técnico pelo Atlético desde 2004. O venezuelano comandou o Galo em apenas dez oportunidades, com quatro vitórias, quatro empates e duas derrotas.
O treinador anterior com trabalho mais curto no clube foi Mário Sérgio. Em 2004, ele dirigiu o Galo em nove partidas. Na ocasião, venceu três, empatou uma e foi derrotado cinco vezes.
Naquele ano, quando Mário Sérgio foi demitido, o Atlético ocupava a 18ª colocação do Campeonato Brasileiro, com 46 pontos. Procópio Cardoso assumiu a equipe nas três últimas rodadas da competição. O time terminou em 19° entre os 24 participantes. Criciúma, Guarani, Vitória e Grêmio foram rebaixados.
Mário Sérgio faleceu em 2016, no acidente aéreo com a delegação da Chapecoense nos arredores de Medellín, na Colômbia. À época, ele trabalhava como comentarista do canal Fox Sports e era um dos profissionais de imprensa convidados pelo clube catarinense para integrar o voo fretado 2933. Ao todo, 71 pessoas morreram com a queda do avião da empresa LaMia. Houve apenas seis sobreviventes.
Prejuízo financeiro
A perda de prestígio de Dudamel com o presidente Sérgio Sette Câmara foi repentina. Em menos de uma semana, o Atlético foi eliminado da Copa Sul-Americana pelo Unión de Santa Fé, da Argentina, e da Copa do Brasil, pelo Afogados da Ingazeira, de Pernambuco.
As quedas consecutivas também terão influência direta na redução de receitas. No início do ano, a diretoria atleticana esperava arrecadar R$ 39,4 milhões com premiações. Com as eliminações precoces nas competições internacional e nacional, o Galo embolsou somente R$ 3,7 milhões.
Além do técnico Dudamel e de sua comissão venezuelana, o clube demitiu nessa madrugada o diretor de futebol Rui Costa e o gerente de futebol Marques.