Com três zagueiros e três armadores, o Atlético iniciou muito bem o jogo desta quinta-feira. Otero, de falta, e Hyoran, de pênalti, marcaram ainda no primeiro tempo. Faltava apenas um gol para levar a decisão para os pênaltis. Mas, no segundo tempo, o Unión-ARG conseguiu se defender bem e manteve o placar que lhe garantiu a classificação. Festa da torcida argentina que saiu em peso de Santa Fé até Belo Horizonte.
Agora, o Atlético concentra atenções na disputa da Copa do Brasil e do Campeonato Mineiro.
O próximo duelo será contra o Afogados, quarta-feira (26), às 21h30, em Afogados da Ingazeira-PE, pela segunda fase do torneio torneio. Pelo Estadual, o Galo jogará no dia 1º de março, às 19h, contra o Boa Esporte, em Varginha.
Início dos sonhos
Com a bola - cenário presente na maior parte do tempo na etapa inicial -, a equipe apostava nas subidas dos laterais e na armação dos meias, apesar de não ter facilidade para penetrar na defesa. O trio de armação, formado por Otero, Nathan e Hyoran, alternava de posição para confundir a marcação.
Faltavam, porém, finalizações com perigo. Eis, então, que apareceu Rómulo Otero. De longe, o venezuelano arriscou uma batida cheia de curva e venceu o goleiro Moyano, aos 15': 1 a 0. Foi o primeiro gol dele em cobrança de falta desde que voltou ao Atlético no meio de 2019, após defender por empréstimo o Al Wehda, da Arábia Saudita.
A empolgação da torcida alvinegra pelo gol quase cessou dois minutos depois, quando o Unión-ARG acertou uma finalização na trave. Por sorte, o rebote parou nas mãos do goleiro Michael, na principal chance de perigo dos argentinos na etapa inicial. Depois, o Atlético não tomou sustos e voltou a ter a bola.
Apesar de jogar o tempo quase todo no campo adversário, o Atlético não era tão eficiente para criar chances de perigo com a bola rolando. Mas, aos 26', Réver sofreu pênalti ao ser puxado na área. Sem Fábio Santos em campo, Hyoran assumiu a responsabilidade. E marcou: 2 a 0. Foi o primeiro gol do jogador em nove jogos com a camisa alvinegra.
Depois, o cenário do jogo pouco mudou. O Atlético seguiu com chances de perigo em lances de bola parada, tipo de jogada que originou os dois gols. Já aos 43', o time alvinegro chegou com perigo após trabalhar bem a bola. Soziho, Nathan recebeu perto da pequena área, mas finalizou mal e parou em grande defesa de Moyano.
Argentinos equilibram e mantêm o 2 a 0
A segunda etapa começou com um susto para a torcida do Atlético. Cabrera foi lançado na ponta direita, avançou livre e finalizou para defesa à queima roupa de Michael, que jogou para escanteio. Na cobrança, Guga, em cima da linha, afastou o perigo. Depois, os donos da casa retomaram o controle do jogo.
Após um dos vários laterais cobrados na área por Guga, a bola sobrou para Guilherme Arana, livre, no lado oposto. A finalização, porém, parou em mais uma grande defesa de Moyano, aos 12’. Com dificuldades para equilibrar as ações ofensivas, o Unión-ARG tentava fazer com que o jogo ficasse parado o máximo de tempo possível. Aos 17’, com problemas físicos, Réver precisou ser substituído. Iago Maidana entrou.
E a estratégia dos argentinos funcionou na primeira metade do segundo tempo. A bola ficou em jogo por menos tempo, e o número de paralisações por faltas era maior. Faltava um gol para o Atlético igualar o confronto. Com o passar dos minutos, a equipe alvinegra avançou ainda mais e passou a correr riscos maiores.
Aos 26’, Michael “bateu roupa” após finalização de longe e deu rebote nos pés do atacante do Unión-ARG. Muito atento, Igor Rabello salvou o Atlético e deu belo carrinho dentro da área para evitar o gol adversário. Claramente, o ritmo alvinegro caiu ao longo da etapa final. Cansado, o time tinha mais dificuldades para criar.
Já aos 36’, a torcida começou a entoar o “mantra” que embalou o Atlético nas viradas históricas das campanhas dos títulos da Copa Libertadores de 2013 e da Copa do Brasil de 2014: “Eu acredito!”. A resposta veio do banco de reservas. Logo em seguida, Rafael Dudamel colocou o centroavante Ricardo Oliveira na vaga do lateral-direito Guga. Mas não deu. No fim das contas, os argentinos avançaram.
ATLÉTICO 2 X 0 UNIÓN-ARG
Atlético
Michael; Igor Rabello, Réver (Iago Maidana, aos 17’ do 2ºT) e Gabriel; Guga (Ricardo Oliveira, aos 38’ do 2ºT), Jair, Nathan e Guilherme Arana; Otero (Marquinhos, aos 22’ do 2ºT), Hyoran e Franco Di Santo
Técnico: Rafael Dudamel
Unión-ARG
Sebastián Moyano; Milo (Moreno, aos 20’ do 2ºT), Calderon, Bottinelli e Corvalán; Cabrera, Elias, Méndez e Blasi; Carabajal (Troyansky, no intervalo) e Walter Bou (Mazzola, aos 25’ do 2ºT)
Técnico: Leo Madelón
Gols: Otero, aos 15’, e Hyoran, aos 28’ do 1ºT (ATL)
Cartões amarelos: Nathan, aos 12’ do 1ºT, e Iago Maidana, aos 18’ do 2ºT (ATL); Calderón, aos 26’, Méndez, aos 36’, Elias, aos 42’ do 1ºT, Milo, aos 16’, e Troyansky, aos 42’ do 2ºT (UNI)
Público: 16.291 torcedores
Renda: R$ 187.170,00
Motivo: jogo de volta da primeira fase da Copa Sul-Americana\
Data e horário: quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020, às 21h30
Local: Independência, em Belo Horizonte
Árbitro: Nicolas Gallo (COL)
Assistentes: Sebástian Vela (COL) e Wilmar Navarro (COL)