A assessoria do Atlético informou que o funcionário reconheceu o seu erro. A identidade dele não será divulgada.
Ao canal SporTV, Nina Abreu, coordenadora de futebol feminino do Atlético, comentou o episódio que teve repercussão nacional e gerou polêmica entre os torcedores. “Foi uma infelicidade pontual do nosso funcionário, que já foi advertido. Ele está sendo devidamente orientado. Vale ressaltar que ele é um dos funcionários mais queridos”, afirmou.
”Não adianta pegarmos uma pessoa que errou e fazer dela mais uma revoltada no sistema. Precisamos dar as mãos, admitir que erramos, pedir o perdão, sermos perdoados e, a partir daí, ver o que conseguimos fazer de pró-ação”, acrescentou Nina.
Entenda o caso
O Atlético apresentou à sua torcida, no domingo, o atacante Diego Tardelli junto das atletas do time feminino no intervalo da partida contra a Caldense, no Mineirão. Durante o evento, o mascote chamou atenção ao pegar a mão da zagueira Vitória Callhau e fazê-la dar uma volta para exibir o corpo. Na sequência, ele esfregou as mãos, passando-as na boca.
A repercussão da cena machista na imprensa e nas redes sociais fez o clube alvinegro emitir uma nota de repúdio ao gesto do Galo Doido. O funcionário foi afastado.
“Sobre o episódio ocorrido na tarde desse domingo, envolvendo a atleta Vitória Calhau, o Atlético lamenta e repudia o comportamento do funcionário, que foi sumariamente afastado. Pedimos desculpas à atleta, às demais jogadoras e a todas as torcedoras e torcedores pelo lamentável ato”, posicionou-se o clube no comunicado.
Na segunda-feira, Vitória Calhau disse, em entrevista ao canal ESPN, que se sentiu um “objeto sexual” e que chegou a ficar com vergonha de ir aos treinos do Atlético em função do ocorrido. A jovem, de 19 anos, foi contratada este ano para defender o Galo Feminino na Série A2 do Campeonato Brasileiro.