Escalado como titular pelo técnico Rafael Dudamel, o atacante Ricardo Oliveira passou em branco na derrota do Atlético para a Caldense, por 2 a 1, neste domingo, no Mineirão, pelo Campeonato Mineiro. No dia da apresentação de Diego Tardelli, que chegou para reforçar a linha de frente do Galo, o veterano centroavante admitiu o mau momento e exaltou o retorno do ídolo ao clube.
Ricardo Oliveira 'cedeu' a camisa 9 para Diego Tardelli, por determinação da diretoria. Com o número 99 às costas, o experiente centroavante disse que o mais importante era receber bem o novo companheiro. Além disso, ele se preocupou em defender o técnico Dudamel, alvo de críticas da torcida depois da derrota para a Veterana.
Veja as melhores fotos da apresentação de Tardelli
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Antes de deixar o gramado do Mineirão, Ricardo Oliveira disse que nunca se queixou de ficar no banco ou ter poucas chances, até por causa da má produção na equipe. "Meu profissonalismo e o respeito sempre visam ao bem coletivo. Seria muito egoísmo de minha parte me queixar pelo fato de não estar jogando. penso sempre que o coletivo está acima de qualquer individualidade. E também pelo rendimento que tive e que não foi dos melhores no ano passado", declarou.
"Este ano, foi o segundo jogo que comecei como titular e acho que minha movimentação foi boa, participei do jogo. Mas infelizmente, coletivamente, as coisas não estão bem, não estão funcionando bem para a gente", acrescentou o veterano, se referindo ao momento ruim do Atlético, que sofreu o primeiro revés, deixou escapar a liderança do Estadual e completou o segundo jogo sem triunfo - vinha de empate sem gols com o Campinense, pela Copa do Brasil.
Atlético x Caldense: fotos do jogo pelo Mineiro
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Tardelli e a camisa 9
Ricardo Oliveira comentou sobre a 'perda' da camisa 9 para Diego Tardelli e encarou com tranquilidade e naturalidade, até para respeitar a história do companheiro no Atlético. "O Tardelli é um grande companheiro, um amigo, um ídolo aqui. A gente respeita e entende a história que ele tem no clube, a importância que representa. Ele chega para somar, ajudar muito e nós também vamos recebê-lo e abraçá-lo para dar o suporte para que possa nos ajudar", frisou.
Dudamel
O centroavante de 39 anos considerou injustas as críticas sobre o comandante. Ele pediu voto de confiança e paciência para a torcida, mesmo reconhecendo a necessidade de resultados imediatos no futebol brasileiro. "Esse é o Brasil. Ele não conhecia o que era treinar no Brasil. Fez uma excelente pré-temporada, com ótima ideia de trabalho, mas aqui não há tempo, o que mantém treinador no Brasil são os resultados. É uma grande pessoa, grande treinador e precisamos ajudá-lo nessa adaptação. E também para o nosso bem coletivo", ressaltou.
Ricardo Oliveira comentou sobre a reação da torcida, que xingou muito os jogadores na saída para o vestiário. O principal alvo foi o volante Zé Welison. O atacante disse que, além de trabalho, o time precisa de apoio e confiança dos torcedores. "Isso melhora com trabalho e também com apoio de nossos torcedores. A gente respeita vaias, mas é o momento em que os torcedores precisam abraçar e ajudar a equipe, para termos um ano melhor que em 2019", enfatizou.