Desejo do Atlético, o atacante Yeferson Soteldo ficou no Santos. O venezuelano de 22 anos, que foi alvo de disputa entre os dois alvinegros nas últimas semanas, comemorou a permanência no clube da Vila Belmiro, com o qual renovou contrato até o fim de 2023.
“Graças a Deus, pude renovar por mais um ano com o clube para seguir aproveitando. Que a torcida também siga desfrutando do meu futebol aqui. E que eu dê mais alegrias à torcida do Santos, que é o que eu mais gosto”, disse o jogador, em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira.
O Atlético fez uma oferta de 12 milhões de dólares (R$ 52,08 milhões na cotação atual) pela totalidade dos direitos econômicos de Soteldo. O valor seria dividido igualmente entre Santos e Huachipato-CHI, já que cada clube detém 50% dos direitos.
Soteldo admitiu que ficou “preocupado” com a possibilidade de sair, já que uma cláusula contratual obriga o Santos a igualar a oferta de 6 milhões de dólares (R$ 26,04 milhões) do Atlético e comprar a metade pertencente ao Huachipato-CHI.
As diretorias do clube paulista e chileno se acertaram em relação ao pagamento futuro e a dívidas anteriores. Soteldo afirmou ainda que não tem nenhum valor pendente a receber do Santos.
“Minha decisão sempre foi de ficar aqui. Manifestei isso ao clube (Santos), mas havia coisas que tinham que resolver com o Huachipato. Eu sempre disse que, por mim, eu ficaria, mas eles (Santos) teriam que acertar a dívida (com o Huachipato). Comigo, não havia nenhuma dívida. Era com o clube (Huachipato). Eu não sei o que dizia o contrato. Eu estava um pouco preocupado, porque eu queria ficar”, disse.
Relação com Dudamel
A convivência antiga entre o técnico Rafael Dudamel e Soteldo era um dos trunfos do Atlético na tentativa de efetivar a contratação. Questionado sobre o tema, o atacante venezuelano disse ter ‘relação profissional’ com o treinador alvinegro, que chegou a contatá-lo ao longo das negociações.
“Minha relação com Dudamel é profissional. Faz muito tempo que convivo com ele, desde a (Seleção Venezuelana) sub-20. Vivemos coisas muito boas, coisas ruins. Ele também se dirigiu a mim, falando. Mas como eu disse, eu queria ficar aqui no clube. Este é o meu clube. Sinto como se fosse a minha casa. Abriu-se essa opção, pensei na proposta, se o Santos... Mas graças a Deus tudo se resolveu e graças a Deus pude ficar em minha casa”, disse.
Repetidas vezes, Soteldo chamou o ‘Santos’ de casa. Segundo o atacante, permanecer sempre foi a prioridade e é sinal de gratidão ao clube que o contratou um ano atrás. “Estou muito feliz, porque da minha parte e da parte do clube, decidimos a melhor opção, que era ficar. Eu manifestei ao clube que queria ficar, porque o Santos foi o clube que abriu as portas para que eu jogasse no Brasil, acreditou em mim. Eu teria que retribuir de uma boa forma. Creio que a melhor forma de retribuir era ficar, lutar neste ano, que vai ser muito bom para nós. Sabemos que temos muitas competições este ano. Creio que foi a melhor opção. Estou feliz”, completou.