O preparador físico Otávio Ruegger Almeida Neves cobra R$ 711.999,99 do Atlético na Justiça do Trabalho. Funcionário do clube entre setembro de 2006 e maio de 2019, o profissional alega que tem a receber valores referentes a ‘bichos’ (premiações por metas cumpridas em jogos ou competições), horas extras, FGTS, além de outros pedidos.
Decisão em primeira instância foi desfavorável ao Atlético. O juízo da 42ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte condenou o clube ao pagamento das horas extras, FGTS e multa, mas rejeitou o pedido de Otávio sobre os ‘bichos’. A sentença foi publicada em dezembro de 2019 e não estipulou o valor líquido a que o preparador físico tem direito. A quantia ainda será calculada pela Justiça.
O Atlético recorreu da decisão. “Está em grau de recurso ainda. Temos que aguardar. Há um advogado trabalhista do clube atuando no caso. O clube vai insistir nas suas teses de defesa e aguardar o resultado final”, disse ao Superesportes o vice-presidente do clube, Lásaro Cândido da Cunha.
Otávio Neves não é o único preparador físico que acionou o Atlético na Justiça do Trabalho recentemente. Em janeiro, Igor Junio Oliveira Custódio ingressou com uma ação em que cobra R$ 546.182,94 do clube alvinegro, conforme publicou o Globoesporte.com.
Nos mais de 12 anos na Cidade do Galo, Otávio Neves passou pelas equipes sub-17 e sub-20. Nesse período, foi convocado seguidas vezes para integrar a comissão técnica da categoria júnior da Seleção Brasileira em períodos de treinos na Granja Comary, em Teresópolis, no Rio de Janeiro.
Atualmente, os preparadores físicos das categorias de base do Atlético são Junio Almeida (sub-14), Renato Guimarães (sub-15) e Flávio Sapage (sub-17 e sub-20). No time de transição (sub-23), o responsável é Flávio Luchesi. No principal, são três: Joseph Cañas (homem de confiança do técnico Rafael Dudamel), Luis Otávio Kalil e Ricardo Seguins.