“Quero agradecer ao Atlético, porque foi difícil. Muita conversa. A gente sabe da dificuldade que é pro clube europeu liberar. Desde o princípio, quando surgiu o interesse do Atlético, fiquei muito otimista, junto com minha família. Graças a Deus se concretizou. Chego para trabalhar. O Fábio é um cara que sempre me aconselhou muito quando eu subi pro profissional, quando comecei. Chego para fazer meu trabalho e deixo nas mãos do treinador. Claro que quero jogar e vou fazer por merecer, mostrando todos os dias no campo e no treino”, disse o jogador.
Em 2017, último ano pelo Corinthians, terminou a temporada com 11 assistências - líder da equipe -, e dois gols marcados. No fim do ano, foi vendido para o Sevilla. Em 25 jogos pelo clube espanhol, balançou as redes duas vezes. Mas as poucas aparições incomodaram o jogador, principalmente pela falta de sequência na equipe.
“Na Europa as coisas são um pouco diferentes, porque você não tem sequência. Às vezes você joga um jogo, no outro você está na arquibancada assistindo. Isso é difícil, jogador precisa de sequência. (...) Chego no Sevilla em janeiro (de 2018), na época que o pessoal está voando. Até você se adaptar é um pouco difícil. Lá, fazendo uma análise, acho que fui bem em todos os jogos que joguei. Fiz um gol no Barcelona e, no outro jogo, não estava nem no banco. São coisas que não entendia, mas é uma cultura, eu respeito. Nunca deixei de trabalhar, nunca deixei de ser profissional dentro do clube”.
Sem espaço no Sevilla, Arana foi para a Atalanta, da Itália. No novo clube, foram apenas quatro partidas. Mas a “culpa” foi do concorrente, o lateral-esquerdo Robin Gosens. O alemão marcou oito vezes em 24 partidas na temporada.
“Na Atalanta não tem o que falar, o lateral que está lá, está fazendo gols todos os jogos. Eu queria jogar, mas eu entendo. O cara estava numa época que a bola batia nele, ia pro gol, não tinha jeito. Eu dei uma entrevista, elogiei ele, falei que queria ter mais oportunidades, mas compreendia. Aí o treinador pegou uma birra. Foi aí que eu parei de jogar. Mas foi uma experiência muito grande, cresci muito dentro e fora de campo, apesar de ter pouca idade. Essa passagem na Europa, por mais que eu não tenha desfrutado e jogado como as pessoas esperavam, aprendi bastante. Posso falar que estou mais maduro”.
Sonho olímpico
Ele falou sobre a vontade de disputar o torneio. “Falando de Olimpíadas, com certeza é um objetivo. Quero fazer um bom trabalho no Atlético, isso vai ser consequência. Fazendo as coisas bem aqui, tenho certeza que eu posso ter uma vaga lá na frente”.
Disputa no Atlético
No Galo, Arana vai disputar posição com Fábio Santos. O experiente lateral-esquerdo já foi mentor do novo reforço do Atlético. O jogador falou sobre a relação com o companheiro.
“Quando eu subi, com 16 anos, ele me ajudou muito. Sempre conversou comigo, eu sempre admirei ele. Assistia pela televisão, não imaginava que poderia estar ao lado. Sempre me deu conselhos. Eu tenho 22 anos ainda, não sou veterano no futebol e quero aprender bastante. Esses conselhos ainda são válidos, especialmente vindos de uma pessoa tão experiente e vitoriosa”, concluiu.