O ex-volante Adilson acionou o Atlético na Justiça. Em ação trabalhista, o ex-jogador pede rescisão indireta e cobra do alvinegro o valor de R$ 11.648.906,64 referente a salários, férias, 13º e FGTS atrasados, o montante que teria a receber até dezembro de 2020, lucro cessante, danos morais e verbas indenizatórias sobre o direito de imagem. A informação foi publicada pelo Globoesporte.com e confirmada pelo Superesportes.
Na ação, a qual a reportagem teve acesso, Adilson informa que não recebe salários desde que se aposentou dos gramados após o diagnóstico de cardiomiopatia hipertrófica, uma doença cardíaca que pode levar à morte súbita. O último pagamento feito pelo clube ao jogador foi do mês de junho, com vencimento em julho. Desde então, são seis folhas atrasadas no valor de R$ 312 mil, acordo feito na renovação do ex-volante, em outubro de 2018. Em janeiro de 2019, o valor teve reajuste, assim como neste ano. Atualmente, o jogador deveria receber R$ 368 mil mensais.
Adilson afirmou ainda que não recebeu um comunicado oficial sobre seu afastamento da função de auxiliar técnico, que passou a ocupar desde a forçada aposentadoria por conta da doença. De acordo com o advogado, o ex-jogador "de forma vexatória e humilhante foi informado que não deveria mais comparecer ao clube porque não fazia parte dos planos da nova comissão técnica contratada".
No processo, Adilson pleiteia o pagamento de direitos trabalhistas sobre a parte do salário que era discriminada como direito de imagem. “Esse tipo de manobra tem sido afastada nos Tribunais do Trabalho de todo o país. A Jurisprudência tem entendido que os pagamentos referentes à "Imagem" do atleta de futebol têm um caráter remuneratório, indissociável do contrato de trabalho. (...) Nesse sentido, a jurisprudência e a doutrina são unânimes no entendimento de que os valores pagos como direito de imagem , portanto, com reflexos nas verbas possuem natureza salarial , tais como FGTS, 13º salário, Férias %2b 1/3 constitucional, bem como nas verbas previdenciárias (...)”.
"Por conta desse contrato fraudulento o Reclamante foi seriamente prejudicado, um a vez que deixaram de ser pagos os reflexos sobre a remuneração paga" por fora". O contrato de imagem estava absolutamente subordinado e dependente ao contrato de trabalho", diz o processo.
Adilson pleiteia direitos trabalhistas sobre valor discriminado como imagem - Foto: Reprodução
Na ação, a qual a reportagem teve acesso, Adilson informa que não recebe salários desde que se aposentou dos gramados após o diagnóstico de cardiomiopatia hipertrófica, uma doença cardíaca que pode levar à morte súbita. O último pagamento feito pelo clube ao jogador foi do mês de junho, com vencimento em julho. Desde então, são seis folhas atrasadas no valor de R$ 312 mil, acordo feito na renovação do ex-volante, em outubro de 2018. Em janeiro de 2019, o valor teve reajuste, assim como neste ano. Atualmente, o jogador deveria receber R$ 368 mil mensais.
Adilson afirmou ainda que não recebeu um comunicado oficial sobre seu afastamento da função de auxiliar técnico, que passou a ocupar desde a forçada aposentadoria por conta da doença. De acordo com o advogado, o ex-jogador "de forma vexatória e humilhante foi informado que não deveria mais comparecer ao clube porque não fazia parte dos planos da nova comissão técnica contratada".
No processo, Adilson pleiteia o pagamento de direitos trabalhistas sobre a parte do salário que era discriminada como direito de imagem. “Esse tipo de manobra tem sido afastada nos Tribunais do Trabalho de todo o país. A Jurisprudência tem entendido que os pagamentos referentes à "Imagem" do atleta de futebol têm um caráter remuneratório, indissociável do contrato de trabalho. (...) Nesse sentido, a jurisprudência e a doutrina são unânimes no entendimento de que os valores pagos como direito de imagem , portanto, com reflexos nas verbas possuem natureza salarial , tais como FGTS, 13º salário, Férias %2b 1/3 constitucional, bem como nas verbas previdenciárias (...)”.
"Por conta desse contrato fraudulento o Reclamante foi seriamente prejudicado, um a vez que deixaram de ser pagos os reflexos sobre a remuneração paga" por fora". O contrato de imagem estava absolutamente subordinado e dependente ao contrato de trabalho", diz o processo.
Adilson acionou o Atlético judicialmente nessa segunda-feira (27/01). Em contato com a reportagem, o vice-presidente do Galo, Lásaro Cândido da Cunha, afirmou que o clube ainda não foi citado no processo, termo jurídico referente à notificação.
Adilson quer receber na Justiça os valores previstos no contrato até dezembro de 2020 - Foto: Reprodução
Trajetória e saída
Adilson chegou ao Atlético em 2017. Como jogador, o ex-volante foi campeão mineiro naquele ano. Em 2018, tornou-se peça importante da equipe então comandada por Thiago Larghi, ao formar dupla no meio-campo com Gustavo Blanco.Após sofrer com lesões e problemas médicos, Adilson comunicou a aposentadoria precoce da carreira de jogador, em emocionada entrevista coletiva em 12 de julho de 2019, por conta de uma cardiomiopatia hipertrófica. À época, o Atlético ofereceu ao ex-volante - que tinha contrato válido até 2021 - o cargo de auxiliar técnico.
Na ocasião, Rui Costa explicou a decisão do clube de transformar Adilson em auxiliar. "A questão contratual do Adilson é secundária. A determinação do presidente Sérgio Sette Câmara é que o cuidado seja o lado pessoal. Não nos preocupa valores. Ele vai estar conosco por opção dele e por pedido nosso. Vai experimentar experiências que possam deixar ele aqui conosco. Se ele vai querer ficar na comissão técnica ou outra coisa. Não abrimos mão do Adilson aqui. Ele vai ter seus direitos garantidos. Não nos interessa centavos, seguro. Queremos ele aqui conosco. Não interessa contrato, prazo", disse.
No entanto, ele não ficou muito tempo no cargo de auxiliar. Segundo a assessoria de comunicação do Atlético, Adilson "foi avisado, por meio de seu empresário, para não se apresentar no dia 8, junto com o elenco do Atlético, enquanto sua situação não for definida pela diretoria".
A mundança na comissão técnica se deveu à chegada de homens de confiança do novo técnico Rafael Dudamel ao Atlético. O venezuelano de 46 anos leva ao clube quatro profissionais, entre eles o auxiliar Marcos Mathías.
O vínculo de Adilson com o Atlético se encerra no fim de 2020.
O vínculo de Adilson com o Atlético se encerra no fim de 2020.