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Ativo no mercado, Atlético ainda busca solucionar carência no ataque

Galo já fechou quatro contratações, está próximo de anunciar a chegada de Guilherme Arana e segue na procura por um centroavante

Túlio Kaizer
Diretor de futebol do Atlético, Rui Costa tem a missão de buscar centroavante para o Galo - Foto: Bruno Cantini/Atlético

O ataque é uma das carências do grupo alvinegro desde a temporada passada. O Atlético iniciou 2020 com boas movimentações no mercado de transferências, mas ainda não conseguiu solucionar um dos principais problemas da equipe. O Galo segue em busca sigilosa por um centroavante que possa chegar e assumir a titularidade no time comandado por Rafael Dudamel.



Até o momento, foram contratados o lateral-direito Mailton, o volante Allan e os meias Dylan Borrero e Hyoran. O clube está perto de anunciar a chegada do lateral-esquerdo Guilherme Arana, que pertence ao Sevilla, da Espanha, e que está na Atalanta, da Itália, por empréstimo. O ataque, no entanto, não recebeu peças, e ainda perdeu alguns jogadores.

De 2019 para 2020, o setor ofensivo ficou sem o meia Vinícius, o meia-atacante Luan e os atacantes Chará, Alerrandro e Geuvânio. O clube ainda corre o risco de perder o armador Cazares, destaque no ano passado. O jogador tem proposta do Al-Ain, da Arábia Saudita, e já avisou à diretoria que quer deixar o clube. O Galo quer 4 milhões de euros (R$ 18,4 milhões na cotação atual) pelo equatoriano. A oferta enviada pelo clube árabe é de 3 milhões de dólares (R$ 12,5 milhões).

A diretoria segue trabalhando. Sérgio Sette Câmara, presidente do clube, e Rui Costa, diretor de futebol, reconhecem a carência ofensiva. O técnico Rafael Dudamel já avisou que deseja a contratação de um atacante de maior força física para ter uma alternativa diferente no elenco alvinegro. Mas os dirigentes encontram dificuldades nas negociações.



O Galo tentou algumas cartadas nas últimas semanas: Eduardo Sasha, do Santos, Deyverson, que foi emprestado pelo Palmeiras ao Getafe, da Espanha, e Nahuel Bastos, do Talleres, da Argentina. Nenhuma tentativa avançou. O nome de Diego Tardelli, que sempre é especulado no Atlético durante janelas de transferências, foi descartado. Róger Guedes, que teve passagem de destaque no alvinegro em 2018, também foi procurado, mas o clube se assustou com a pedida salarial: cerca de R$ 2 milhões mensais.

Buscar um centroavante é uma das prioridades da diretoria. O clube conta apenas com Franco Di Santo e Ricardo Oliveira para a função. Os dois não tiveram boa temporada em 2019 e não gozam de confiança da torcida atleticana. Outra opção para o setor é o jovem Bruno Silva, que chegou ao Galo no ano passado por empréstimo e teve 15% dos direitos comprados junto à Chapecoense.

Na estreia em 2020, Di Santo foi o titular, mas praticamente não tocou na bola. O centroavante teve apenas uma finalização na vitória do Galo por 1 a 0 sobre o Uberlândia, na última terça-feira, fora de casa, pelo Campeonato Mineiro. No fim do jogo, o argentino deixou o campo para a entrada de Bruno Silva. Ricardo Oliveira apenas assistiu do banco de reservas.


Mesmo precisando, o Atlético não tem pressa para anunciar um novo centroavante. Enquanto o clube trabalha a melhor opção para o ataque, Dudamel tem a missão de recuperar o futebol dos experientes jogadores que tem à disposição.