Ele vai começar a temporada de 2020 do jeito que terminou a de 2019: sem o prestígio de antes, vivendo fase difícil e amargando a reserva. Apesar disso, o experiente atacante Ricardo Oliveira, de 39 anos, cumprirá à risca seu último ano de contrato com o Atlético, mas terá uma série de desafios para atuar com o novo treinador Rafael Dudamel.
Além do momento técnico ruim e da desconfiança da torcida, sua presença na equipe contrasta com a vontade do treinador de escalar um time mais jovem nas competições.
Além do momento técnico ruim e da desconfiança da torcida, sua presença na equipe contrasta com a vontade do treinador de escalar um time mais jovem nas competições.
A diretoria atleticana já vasculha o mercado em busca de opções para o ataque, já que conta apenas com o argentino Di Santo, que terminou 2019 como titular, mas tem sido criticado pela torcida. O nome do também argentino Jonathan Calleri (ex-São Paulo), de 26 anos, surgiu nos bastidores, mas a própria diretoria negou qualquer contato – ele por pouco foi contratado em 2016, mas acabou optando pelo tricolor do Morumbi a pedido do então técnico Edgardo Bauza.
Nos últimos dias, os empresários do jogador discutiram a situação do jogador com o clube e optaram pela continuidade em Belo Horizonte, mesmo vivendo sua fase mais delicada. Com a saída de Leonardo Silva, Ricardo Oliveira passou a ser o jogador mais velho do grupo. Ele teria dito ao seu estafe que o objetivo seria jogar mais nesta temporada, com o intuito de apagar a má impressão deixada no ano passado.
O jogador recebeu sondagens da Inter de Limeira, do Botafogo e do Goiás, mas nenhuma proposta formal chegou à mesa do Galo. O camisa 9 já teve uma conversa com Dudamel, que sinalizou que o jogador poderia ganhar mais minutos em campo, desde que se comprometesse nos treinos diários.
O jogador recebeu sondagens da Inter de Limeira, do Botafogo e do Goiás, mas nenhuma proposta formal chegou à mesa do Galo. O camisa 9 já teve uma conversa com Dudamel, que sinalizou que o jogador poderia ganhar mais minutos em campo, desde que se comprometesse nos treinos diários.
“Dudamel falou que todo jogador é importante, dependendo do comprometimento dele, do que ele pode trazer em termos de experiência. Ninguém duvida do que o Ricardo representa para o grupo. Ele está aí, terá de reconquistar seu espaço. Os treinos intensos, duros. Eu vejo o Ricardo o mesmo profissional que eu vi em outras ocasiões, quando sonhava em trabalhar com ele. Mas ele terá de mostrar o mesmo que o Dylan, o mesmo que o Alan, o mesmo que o Lucas (Hernández), que o Martínez, que o Jair também. A cada ano se renova tudo”, avalia o diretor de futebol Rui Costa.
O atacante vem participando normalmente da pré-temporada do Galo e tenta impressionar Dudamel para ser mais aproveitado no decorrer do ano. Nos primeiros treinos, ele teve conversas em separado com o treinador. O último gol do atacante foi em julho, na vitória sobre o Fluminense por 2 a 1, no Horto.
Atitude precipitada
Ricardo Oliveira foi a principal contratação do Atlético no primeiro ano da gestão de Sérgio Sette Câmara, com vínculo de dois anos. Com o início positivo no Campeonato Mineiro, o atacante teve seu compromisso renovado por mais uma temporada, quando já terá 40 anos. Internamente, a diretoria avalia que a extensão do contrato foi uma atitude precipitada – naquela ocasião, o clube temia que ele recebesse proposta de outras equipes do Brasil e do exterior.
Desafios para o camisa 9
Momento técnico ruim: O atacante vive jejum de 12 jogos sem marcar gol. Preterido por Rodrigo Santana, ele perdeu a posição de titular para Di Santo em 2019
Chegada de reforços para o ataque: O Atlético nitidamente busca um centroavante no mercado e, com isso, Ricardo ficaria como terceira opção no grupo
Rejuvenescimento da equipe: Sem a mesma velocidade e habilidade dos anos anteriores, ele terá que mostrar muito serviço a Dudamel, que quer deixar o time mais jovem
Desconfiança da torcida: A Massa já não tem a mesma paciência de antes com o jogador, vaiado em várias partidas no ano passado.