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Estádio do Atlético só receberá shows na parte interna; esplanada será utilizada em eventos de pequeno porte

Capital mineira vai ganhar mais um espaço para eventos culturais

(Foto: Divulgação/Arena MRV)

Com a aprovação da Licença de Implantação do novo estádio, feita pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente (COMAM) na última sexta-feira, o Atlético já programa o início das obras, marcado para janeiro de 2020, e trabalha com prazos para poder, finalmente, ter sua casa. E, além de poder receber os jogos de futebol da equipe alvinegra, o clube também pensa em outras formas de utilização da Arena MRV.

Um dos aspectos mais visados pela administração em arenas de futebol é a possibilidade de realização de shows musicais e outros espetáculos artísticos. As diversas variedades de apresentações podem render ainda mais receitas aos cofres do clube.

Por outro lado, invariavelmente, o time deixa de ter o ambiente com o qual é tão acostumado a jogar, chamado de casa. No caso do Atlético, a mudança deve nem ser tão drástica, pela naturalidade com que equipe e torcida têm tanto no Independência quanto no Mineirão.


De acordo com Bruno Muzzi, CEO da Arena MRV, em meados de 2022 - caso não ocorram atrasos que interfiram no cronograma de construção do estádio -, o público belorizontino e em geral terá mais um novo espaço para curtir diversos eventos na capital mineira.

No entanto, o executivo detalha como e onde podem ocorrer atividades na arena alvinegra. Segundo Muzzi, os shows artísticos vão acontecer exclusivamente na parte interior do estádio. A esplanada ficará para outros eventos.

“Sempre foi dessa maneira por causa das questões acústicas. A arena pode receber, diferente do Mineirão, que às vezes não dá para receber show interno pela estrutura, dificuldade, a arena pode receber show interno. A gente vai ter um espaço interno para quatro, cinco mil pessoas, para que a gente não precise ocupar a esplanada. A ideia da esplanada é que pode ter eventos, mas não eventos como shows de grande porte”, disse.

Ao citar o Mineirão, o diretor também ressaltou que a concorrência entre os dois espaços vai existir. Porém, para Muzzi, a disputa é normal e saudável comercialmente para todos os envolvidos, pois ‘há espaço’ para todos na capital mineira.

“Acho que Belo Horizonte tem espaço para os dois. Alguns eventos de maior porte, talvez, tenha uma concorrência entre os dois. Um produtor pode preferir fazer show na arena ou no Mineirão, por questões comerciais. Acaba sendo concorrência sim, mas tem espaço para todo mundo”, comentou.

Em vídeo divulgado pelo Atlético, o presidente Sérgio Sette Câmara estipulou meta de que a arena esteja pronta entre 24 e 26 meses após o início das obras e afirmou: ‘Naquele nosso estádio, vamos ser gigantes, como somos no Mineirão, no Independência, mas com uma diferença, é a nossa casa. É um sonho realizado.”

Início das obras

Atrasos

Na noite de 18 de setembro de 2017, o Conselho Deliberativo do Atlético aprovou a venda de 50,1% do Diamond Mall, shopping localizado na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O dinheiro da venda proveniente do negócio viabilizará a construção da Arena MRV.

Inicialmente, a perspectiva era de que a construção começasse em março ou abril de 2018. Se a previsão se confirmasse, o estádio seria inaugurado no final de 2020. O processo burocrático de aprovação do efetivo início das obras, porém, não transcorreu como o esperado.

Durante esses mais de dois anos, até a aprovação das principais licenças, o projeto passou por mudanças e precisou se adaptar a exigências locais.

Dinheiro rendendo

O Atlético vendeu 50,1% o shopping Diamond Mall por R$ 250 milhões, mas ainda não teve acesso ao dinheiro. No acordo com a Multiplan, ficou definido que o clube receberia o montante apenas quando as obras começassem. Com o rendimento nesse período de espera pelas licenças, o valor chegou a aproximadamente R$ 300 milhões.

A Arena MRV

Segundo o Atlético, a capacidade do estádio será de 46 mil torcedores. A obra foi orçada inicialmente em R$ 410 milhões, sem contar o valor do terreno (R$ 50 milhões), fruto de doação da MRV Engenharia.

Além do valor da venda de parte do Diamond, outros R$ 160 milhões serão conseguidos por meio de naming rights (R$ 60 milhões da MRV Engenharia) e venda de cadeiras cativas (R$ 100 milhões, com 60% já garantidos pelo Banco BMG).

A empresa responsável pela construção da Arena MRV será a Racional Engenharia. O novo estádio do Galo será uma Arena Multiuso e contará com 40 bares, 68 camarotes e 2.400 vagas de estacionamento. A Arena MRV poderá ser inaugurada em meados de 2022.

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