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Novo técnico do Atlético terá desafio de completar uma temporada no comando do clube

Último a conseguir ficar de janeiro a dezembro no Galo foi Cuca, em 2013

Redação
Sérgio Sette Câmara tenta acertar na escolha de técnico para que trabalho seja conduzido de janeiro a dezembro de 2020 - Foto: Alexandre Guzanshe/EM D.A Press
O ano de 2013 é inesquecível para a torcida do Atlético. Ronaldinho Gaúcho, Jô, Diego Tardelli, Bernard, Victor, Leonardo Silva, Réver e outros levaram o clube ao título da Copa Libertadores. Cuca era o técnico do time que conseguiu viradas improváveis e eternizou tanto o mantra do ‘eu acredito’ quanto a frase ‘caiu no Horto, tá morto’. Ele estava no Galo desde agosto de 2011, quando foi contratado para o lugar de Dorival Júnior com a missão de evitar o rebaixamento à Série B.


 
O que poucos se lembram é que Cuca foi o último treinador a completar uma temporada pelo alvinegro. Em dezembro de 2013, logo após o Mundial de Clubes, o comandante saiu do Galo e se transferiu para o Shandong Luneng, da China. A partir dali, nenhum profissional conduziu trabalho de janeiro a dezembro.
 
Quem esteve mais perto foi Levir Culpi. Contratado por Alexandre Kalil em abril de 2014 para o lugar de Paulo Autuori, ele conseguiu dois títulos importantes: Copa do Brasil e Recopa Sul-Americana. Em 2015, faturou mais um troféu, do Campeonato Mineiro, e chegou a almejar a Série A. Entretanto, a arrancada do Corinthians sepultou as chances de título. Antes mesmo do encerramento do Brasileiro, Levir foi comunicado pelo presidente Daniel Nepomuceno de que não continuaria. Assim, Diogo Giacomini comandou o Galo nas duas últimas rodadas.
 
Em 2016, o Atlético iniciou o ano com Diego Aguirre, que pediu demissão em maio, depois de perder o estadual para o América e ser eliminado na Libertadores pelo São Paulo. Veio Marcelo Oliveira, que até conseguiu boa colocação no Campeonato Brasileiro - 4º lugar, com 62 pontos -, mas ficou negativamente marcado pela derrota para o Grêmio na final da Copa do Brasil, no Mineirão, por 3 a 1. Novamente, Giacomini entrou em ação para encerrar a temporada do clube.


 
Em 2017, Roger Machado foi campeão mineiro, porém começou o Brasileiro de maneira tímida e acabou demitido na 15ª rodada, com campanha de meio de tabela - 11º, com 20 pontos. Seu substituto, Rogério Micale, ficou apenas dois meses na Cidade do Galo. Em setembro, a diretoria anunciou Oswaldo de Oliveira, que obteve bons números na reta final do Brasileiro - seis vitórias, cinco empates e duas derrotas - e teve o contrato renovado pelo presidente eleito Sérgio Sette Câmara. Só que a trajetória dele em Vespasiano durou até fevereiro de 2018, quando foi dispensado após discussão acalorada com um jornalista que questionava a atuação da equipe no empate por 1 a 1 com o Atlético-AC, pela Copa do Brasil.
 
Para o lugar de Oswaldo, o Atlético apostou na juventude de Thiago Larghi, inicialmente na condição de interino e depois efetivado. Em outubro, a diretoria demitiu o técnico de 38 anos após o empate por 0 a 0 com o América, pela 29ª rodada do Brasileiro. O Galo era sexto colocado, com 46 pontos - 13 vitórias, sete empates e nove derrotas. Levir Culpi retornou ao clube para suceder Larghi, porém não repetiu o sucesso da passagem anterior e caiu em abril de 2019, às vésperas da final do Mineiro. Na ocasião, o revés por 4 a 1 para o Cerro Porteño, no Paraguai, pela Copa Libertadores, pesou na decisão de Sette Câmara.
 
Mais uma vez, o clube deu voto de confiança a um interino, Rodrigo Santana, que alcançou bons resultados em seu início e foi efetivado. Mas o começo positivo na Série A, com 27 pontos nas primeiras 14 rodadas (64,28%), deu lugar a uma série de tropeços. O treinador ganhou sobrevida ao chegar à semifinal da Copa Sul-Americana. No jogo de ida, perdeu para o Colón por 2 a 1, na Argentina. Na volta, no Mineirão, vencia por 2 a 0 até os 37 minutos do segundo tempo, quando Luis ‘Pulga’ Rodríguez balançou a rede e diminuiu para 2 a 1. Nos pênaltis, deu Colón: 4 a 3.


 
O estopim para Rodrigo Santana no Atlético foi a derrota para o Grêmio por 4 a 1, em 13 de outubro, no Independência, pela 25ª rodada do Brasileiro. Naquela altura, o time já estava no meio da tabela, em 11º lugar, com 31 pontos - 27 a menos que o líder Flamengo. Vagner Mancini foi requisitado pelo diretor de futebol Rui Costa, com garantia de ficar no clube somente até dezembro. Os altos e baixos eliminaram qualquer perspectiva de continuidade em 2020.
 
Nos últimos dias, vários nomes foram especulados, como os de Fábio Carille, Jorge Sampaoli, Vanderlei Luxemburgo, Jorginho e Rogério Ceni. Em entrevista à Rádio Itatiaia, o presidente Sérgio Sette Câmara traçou o perfil desejado por sua gestão. “O Atlético está procurando um profissional não só para treinar o time, mas utilizar a base, revelar jogadores e que tenha visão moderna do futebol”. O mandatário ressaltou que o anúncio só ocorrerá tão logo o contrato estiver assinado. “No Atlético, a gente só anuncia com a tinta no papel. Antes disso, não. Ainda que a gente esteja aqui e ali conversamos, só vamos anunciar quando estiver tudo fechado”

Técnicos do Atlético após ‘era Cuca’

 
Paulo Autuori: janeiro a abril de 2014
 
Levir Culpi: abril de 2014 a novembro de 2015
 
Diogo Giacomini: dezembro de 2015
 
Diego Aguirre: janeiro a maio de 2016
 
Marcelo Oliveira: maio a novembro de 2016
 
Diogo Giacomini: dezembro de 2016
 
Roger Machado: janeiro a julho de 2017
 
Rogério Micale: julho a setembro de 2017
 
Oswaldo de Oliveira: setembro de 2017 a fevereiro de 2018
 
Thiago Larghi: fevereiro a outubro de 2018
 
Levir Culpi: outubro de 2018 a abril de 2019
 
Rodrigo Santana: abril a outubro de 2019
 
Vagner Mancini: outubro a dezembro de 2019