“Vamos lançar este ano um novo sócio-torcedor. Não tenho vergonha de dizer que, em dado momento, bati na mesa e falei: ‘poxa, não tem condição o Vasco fazer o que está fazendo e nós não conseguirmos fazer a mesma coisa’. Entrei em contato com o Alexandre Campello (presidente vascaíno), e fiquei feliz, pois o que está sendo preparado pelo nosso pessoal para o ano que vem, tem muito a ver com o que eles estão fazendo lá. A linha é muito parecida. Vamos ter uma reunião com eles na semana que vem para ver alguns pontos”, afirmou, em entrevista à Rádio Itatiaia.
Sette Câmara definiu ainda que o Atlético terá o Mineirão como ‘nova casa’ a partir de 2020. “A primeira coisa que devemos ter para que o nosso sócio-torcedor venha a bombar é definir a nossa casa. E nossa casa, para 2020, será o Mineirão”. O mandatário não explicou se abrirá mão completamente do Independência, onde o time mandou a maior parte dos jogos nos últimos anos.
Na opinião do presidente, as reformulações instauradas pela diretoria só terão efeito se o Atlético obtiver bons resultados esportivos. Como exemplo, o presidente mencionou o campeão brasileiro e continental Flamengo, que registrou média de 52.537 pagantes em 2019 e teve arrecadação bruta de R$ 96,9 milhões em bilheteria.
“A primeira coisa que evidentemente traz o torcedor de volta é vitória, conquistas, o time jogando bem. Esse é o principal marketing que um clube pode fazer para trazer sua torcida de volta. Vimos recentemente jogos do Flamengo, com públicos batendo recordes e faturando alto nos jogos. Coisa que não acontecia com o próprio Flamengo há alguns anos, quando eles faziam trabalho de reestruturação”, ressaltou Sette Câmara.
A mudança de casa é estratégica para o crescimento da quantidade de sócios, já que o Mineirão comporta mais de 60 mil torcedores, enquanto o Independência tem capacidade para somente 23 mil. Desde fevereiro de 2013, quando a arena foi reinaugurada após reforma visando à Copa do Mundo de 2014, o Galo mandou 35 partidas na Pampulha: 22 vitórias, cinco empates e oito derrotas, com 69 gols marcados e 37 sofridos. A Copa Libertadores de 2013 foi a maior conquista alvinegra no estádio.