Em contato com o Superesportes, a advogada de Robinho, Marisa Alija, acredita em um acordo futuro com o Atlético. Segundo ela, o atacante fez esse movimento para não perder o prazo judicial para reclamar os valores devidos.
"Precisávamos proteger o direito de cobrança. Se passassem 2 anos, já não poderíamos cobrar judicialmente. Mas estamos sempre abertos ao clube para compormos um acordo, e acredito que faremos isso ao longo do processo", disse.
Embora esteja otimista com um acerto com o Atlético, a advogada afirmou que o clube ainda não se mostrou aberto para negociar.
A reportagem entrou em contato com o clube alvinegro, que não respondeu até a publicação desta nota.
Há uma audiência marcada entre as partes para o dia 11 de dezembro. Por compromissos profissionais na Europa, Robinho foi autorizado a não participar.
A informação sobre a ação de Robinho contra o Atlético foi divulgada inicialmente pelo Globoesporte.
Divulgação de valores
Apesar de ser de conhecimento público o salário elevado dos grandes jogadores de futebol, a advogada reclamou da divulgação de valores do processo. Vale destacar que a ação de Robinho não está sob sigilo judicial.
"Quanto a imprensa divulgar os valores envolvidos, acho um absurdo, um sensacionalismo irresponsável, visto que o atleta tem família, filhos, já teve a mãe sequestrados. E divulgação de valores sempre deixam as pessoas expostas", protestou Marisa Alija.
Robinho viveu drama em 2004. A mãe do jogador foi sequestrada e ficou em 40 dias presa em cativeiro. O atacante ficou esse tempo afastado dos jogos do Santos.
Robinho no Atlético
No clube, Robinho teve uma temporada de estreia arrasadora. Foi artilheiro do Campeonato Mineiro e importante peça na campanha do vice-campeonato da Copa do Brasil (3 gols) e quarto lugar no Campeonato Brasileiro (12 gols e oito assistências).
O camisa 7 encerrou 2016 como artilheiro do país (25 gols) e líder de assistências do Galo (10). No ano, ele balançou as redes em momentos decisivos, como na semifinal da Copa do Brasil, contra o Internacional, e de vitórias cruciais no Brasileirão.
Em 2017, a magia de Robinho não se repetiu. No começo do ano, Robinho não se exibiu em bom nível, mas marcou gols importantes, como na final do Campeonato Mineiro, contra o Cruzeiro. Pouco depois, amargou o maior jejum de gols da carreira. Foram 23 partidas sem marcar e banco de reservas com o técnico Rogério Micale.
Na estreia de Oswaldo de Oliveira, contra o Atlético-PR, ele garantiu a vitória alvinegra ao balançar as redes duas vezes. Foram seis gols sob o comando do novo treinador (dois deles garantiram vitória em clássico contra o Cruzeiro, no Mineirão), confirmando o seu melhor momento na temporada. Ele encerrou o ano com 13 gols e 10 assistências.
Robinho finalizou sua passagem pelo Atlético com 109 jogos, 35 gols e 20 assistências.