Há exatamente cinco anos, o Atlético conquistava um dos principais títulos da história do clube. Naquele 26 de novembro de 2014, a vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, no Mineirão, premiava uma campanha marcante, com viradas improváveis sobre Corinthians e Flamengo.

Diego Tardelli, atualmente no Grêmio, foi o autor do único gol do clássico decisivo. Na partida de ida, disputada no Independência, Luan e Dátolo foram os responsáveis pela vitória por 2 a 0, que deixou a conquista inédita bem encaminhada.

“Trocaria todos os títulos por esse. A sensação é melhor que a da Libertadores. Ganhar do Cruzeiro é gostoso. Aqui é nosso salão de festas”, comemorou, naquela noite, Diego Tardelli, que um ano antes havia conquistado a América com a camisa alvinegra.

“Não tem sentimento maior do que conquistar um título diante da torcida adversária. Falei que iríamos para cima. Era para ter sido de três, quatro. Sabemos jogar contra eles. Com todo respeito, mas o Cruzeiro treme quando pega o Galo”, festejou, à época, Luan, que fez gols em todas as fases do torneio.

A caminhada do time comandado por Levir Culpi foi digna de filme. Por disputar a Libertadores daquele ano, o Atlético iniciou a Copa do Brasil já nas oitavas de final, contra o Palmeiras.

Na partida de ida, Luan, após cruzamento de Maicosuel, garantiu a vitória por 1 a 0 no Pacaembu. ‘Água no chope’ dos palmeirenses, que no dia anterior comemoram o centenário do clube.

Na volta, mais um triunfo alvinegro. Apesar de ter a vantagem, o Atlético foi para cima e, em 16 minutos, resolveu a parada. O zagueiro Jemerson e mais uma vez Luan fizeram os gols da vitória por 2 a 0, no Independência.

Na fase seguinte, o drama atleticano começou. Na Arena Corinthians, o time da casa venceu por 2 a 0, com gols de Luciano e Guerrero, e encaminhou a classificação para a semifinal.

O jogo de volta foi disputado no Mineirão lotado. O sofrimento atleticano aumentou ainda no primeiro tempo, quando o Corinthians abriu o placar com Guerrero. Os donos da casa, então, precisavam fazer quatro gols. E conseguiram! Luan, Guilherme (duas vezes) e Edcarlos garantiram a heroica classificação do Atlético.

É possível se emocionar com um mesmo filme duas vezes? O Atlético provou que sim. Assim como foi contra o Corinthians, a classificação diante do Flamengo, na semifinal, teve contornos dramáticos. No jogo de ida, vitória rubro-negra por 2 a 0, no Maracanã.

Na volta, novamente no Mineirão, o Flamengo abriu o placar com Everton. O Atlético, mais uma vez, precisava de quatro gols. E, mais uma vez, conseguiu. Carlos, Maicosuel, Dátolo e Luan levaram a torcida ao delírio e garantiram classificação à decisão.

Na decisão, o Atlético escolheu o Independência para mandar a partida de ida contra o maior rival. A equipe de Levir Culpi jogou bem, pressionou e conseguiu uma boa vantagem: 2 a 0, com gols de Luan e Dátolo.

Na volta, no Mineirão, mais uma vitória alvinegra. No finalzinho do primeiro tempo, Tardelli garantiu o triunfo por 1 a 0 e a conquista da almejada taça da Copa do Brasil.

Fábio; Ceará (Júlio Baptista, 33min/2ºT), Leo, Bruno Rodrigo e Egídio; Henrique (Willian Farias, intervalo) e Nilton; Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Willian (Dagoberto, 16min/2ºT); Marcelo Moreno

Técnico: Marcelo Oliveira

Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Jemerson e Douglas Santos; Leandro Donizete, Rafael Carioca (Pierre, 26min/2ºT), Luan (Maicosuel, 31min/1ºT) e Dátolo; Diego Tardelli (Eduardo, 42min/2ºT) e Carlos

Técnico: Levir Culpi

Gol: Diego Tardelli (ATL, aos 47min/1ºT)

Cartões amarelos: Dátolo, Leonardo Silva, Maicosuel, Rafael Carioca e Luan (ATL); Bruno Rodrigo, Willian (CRU)

Cartão vermelho: Leandro Donizete (ATL, 39min/2ºT)

Motivo: 2º jogo da final da Copa do Brasil

Local: Mineirão, em Belo Horizonte

Data: 26 de novembro, quarta-feira

Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)

Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Emerson Augusto de Carvalho (SP)

Público e renda: 39.786 pagantes e R$ 7.855.510,00