Otero jogou apenas 16 partidas na competição. Mesmo assim, soma 116 perdas de posse, número bem maior ao de Luan, que foi desarmado em 105 oportunidades. A diferença é que o companheiro do venezuelano jogou 25 vezes.
A média de Otero é de 7.3 perdas de posse por jogo, a terceira maior no Campeonato Brasileiro. O jogador do Atlético só tem números piores do que Jonathan Copete, ex-Santos (nove perdas em apenas uma partida disputada) e Patrick, do Internacional (165 em 22 jogos, média de 7.5).
Apesar da irritação nas arquibancadas com as constantes perdas de posse, Otero não foi o jogador do Atlético mais desarmado na derrota para o Athletico-PR. Ele perdeu a bola em sete oportunidades, enquanto o jovem Marquinhos sofreu 11 desarmes.
O técnico Vagner Mancini avaliou a partida do meia-atacante venezuelano e afirmou que todos os atletas são orientados a não prenderem tanto a bola nas partidas.
“Ele é um atleta que joga desta forma, busca o contato, consegue embalar no lance dessa forma. Ele é orientado a soltar a bola, assim como os outros jogadores. Nenhum técnico pede para um jogador prender demais a bola, porque é um anti jogo e acaba não te beneficiando em campo, e sim o adversário. O Otero sabe disso, todos os atletas sabem disso. Você tem que fazer a bola correr. O Otero segurou a bola uma ou outra vez, mas a maioria das vezes ele fez a bola andar”, disse Mancini.
Driblador
Otero tem o drible como uma de suas características. O venezuelano tenta utilizar o recurso muitas vezes durante as partidas e, por isso, perde a posse da bola com frequência.
O meia-atacante é o jogador do Atlético com mais dribles no Brasileiro. Foram 26 dribles certos, enquanto Geuvânio tem 22 e Luan tem 20.
O venezuelano é, inclusive, o único jogador do elenco com média de mais de um drible certo por partida.
Piores médias de perdas de posse do Atlético no Brasileiro
7.3 (116 em 16 jogos) - Otero
5 (em um jogo) - Hulk
4.2 (105 em 25 jogos) - Luan
3.7 (33 em 9 jogos) - Marquinhos
3.6 (82 em 23 jogos) - Cazares
Piores médias de perdas de posse no Brasileiro
9 (em um jogo) - Copete, do Santos
7.5 (165 em 22 jogos) - Patrick, do Internacional
7.3 (116 em 16 jogos) - Otero, do Atlético
7.2 (222 em 31 jogos) - Michael, do Goiás
7 (224 em 32 jogos) - Everaldo, da Chapecoense
7 (190 em 27 jogos) - Everton, do Grêmio
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