Em dois jogos seguidos, o Atlético reclamou de toque mão de defensores adversários. Nos empates com Cruzeiro (0 a 0) e Fluminense (1 a 1), o time alvinegro deixou o estádio na bronca por causa de um possível pênalti não marcado a favor da equipe. As duas partidas tiveram mais uma situação em comum: o árbitro de vídeo.
Nos dois jogos, Daniel Nobre Bins foi o responsável pelo VAR. Após analisar os toques nas duas partidas, ele disse ao árbitros de campo para seguirem com os confrontos.
No clássico, após dividida entre Bruninho e Orejuela, a bola espirrou e bateu no braço de Éderson, do Cruzeiro, dentro da área. Nada foi marcado. Já contra o Fluminense, Fábio Santos chutou e a bola pegou no braço de Igor Julião. Mais uma vez, o árbitro de campo não foi à cabine para rever o lance.
O técnico Vagner Mancini reclamou. “Única ressalva que faço é que o segundo jogo em que temos um lance de pênalti, que a bola bate não mão de um adversário dentro da área, foi assim no jogo do Cruzeiro e também do Fluminense. Nos dois jogos teve o mesmo árbitro, não dentro de campo, mas no VAR. E os lances não foram checados. Gostaria de saber, sinceramente, porque não são checados. Hoje, a partir do momento que você tem o recurso, a tecnologia, por que não checar? O que atrapalharia o jogo uma ida ao VAR, uma ida à cabine para observar o lance”, disse.
O treinador afirma que o Atlético está de olho na situação. “Eu vi o lance no vestiário. Os dois lances, tanto no jogo do Cruzeiro, no clássico, quanto no jogo de hoje, a bola bate no braço do zagueiro de mão aberta. Temos que valorizar o ponto, a entrega dos atletas, mas salientar que estamos de olho. Segundo jogo seguido, o mesmo árbitro e a não verificação do lance”.
Análise do jogo
O treinador analisou o jogo e disse que a equipe deu muito espaço para o Fluminense no primeiro tempo, quando acabou saindo em desvantagem no placar. Na análise de Mancini, o Galo cresceu na etapa final, teve o controle da partida e poderia até ter conquistado o resultado positivo.
“Tínhamos uma bola dominada e esse lance, de uma bola perdida, a gente acabou levando 1 a 0 e aí você muda o panorama da partida porque o time da casa entrou com muita velocidade e força, marcando alto. Mas esperávamos isso, o Fluminense jogava em casa e vive uma situação difícil, então, era natural que ele quisesse dar um sufoco inicial, uma pressão, e o Atlético permitiu isso com erros de passe, isso acabou dificultando. No intervalo, conversamos com os atletas, realinhamos a equipe, com o Jair mais à frente e o Zé Welison mais atrás. Aí, o Atlético melhorou bastante, foi outro jogo na segunda etapa”, concluiu.