Adrierre Siqueira da Silva já admitiu em entrevista à imprensa que disse com menosprezo "olha a sua cor" e que cuspiu em Coutinho. O irmão dele, Natan Siqueira Silva, nega que tenha chamado o segurança de "macaco". Ele afirmou que a palavra dita foi "palhaço".
Kalil destacou que é necessário uma 'sanção definitiva' a torcedores racistas. "Eu acho (que tem que banir). Até o Chico Pinheiro foi feliz ao dizer que para começar a camisa do Atlético é preta e branca. Outra coisa, enquanto não tivermos uma punição definitiva, isso não vai acabar", disse o prefeito de Belo Horizonte, em entrevista à rádio Itatiaia.
"E o racismo é um negócio... Eu já disse uma vez, sou neto de imigrante, então eu já fui discriminado, eu era o Turco. E, quando eu era rapaz, eu era chamado de Turco e ia pra briga.
Bebida alcoólica
O ex-presidente do Galo também defendeu o banimento das bebidas alcoólicas dos estádio de futebol. "A bebida é o mal do futebol brasileiro. Eu dei sorte de ser presidente do Atlético por seis anos quando a bebida era proibida. O lobby da cervejarias fez voltar a bebida, o que é uma estupidez. Olha, eu tenho um dado muito importante da minha época: as ocorrências policiais caíram 70% nos estádios quando não tinha bebida. Esse dado a Polícia Militar me deu quando fui presidente. Então, essa volta foi uma estupidez absoluta", frisou.
O caso de racismo no Mineirão
Após o empate por 0 a 0 no clássico desse domingo, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, as arquibancadas do Mineirão viraram “praça de guerra”.
Irmão de Adrierre, Nathan Siqueira da Silva também é suspeito de ter cometido injúria racial por supostamente ter chamado Fábio Coutinho de 'macaco'. Nathan nega e alega ter dito 'palhaço', não 'macaco'. Os dois pediram desculpas e alegaram que não são racistas. Para isso, utilizaram justificativas como, por exemplo, dizer que têm parentes negros e vão a cabeleireiros negros.
O caso viralizou nas redes sociais momentos depois do clássico. Nessa segunda-feira, um inquérito foi aberto pela Polícia Civil para investigar o ocorrido. A pena vai de um a três anos de reclusão e multa..