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Mancini explica motivo para 'barrar' Marquinhos no Atlético e exalta Nathan: 'Arrumou a equipe'

Técnico destaca 'extrema inteligência' do meia e aponta imaturidade do jovem

Redação
Improvisado como volante, Nathan se destacou contra o Santos - Foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press

Depois da vitória do Atlético sobre o Santos, por 2 a 0, nesse domingo, no Independência, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro, o técnico Vagner Mancini exaltou a inteligência e a qualidade técnica do meia Nathan. Improvisado na função de volante, o camisa 23 foi destaque da partida e “arrumou taticamente” a equipe, na análise do treinador.  

“Nathan fez um jogo de extrema inteligência. É um atleta dotado de capacidade técnica muito grande, enxerga muito o jogo, mas ele, taticamente, também é muito importante. No começo do jogo a gente tinha um pouquinho de dificuldade, porque ele e o Elias estavam um pouco à frente. Eu fiz um sinal para ele, e ele rapidamente veio para ficar ao lado do Réver, além de chamar o Otero um pouquinho para trás. Ele arrumou taticamente a equipe. É importante que eu tenha atletas assim em campo, porque às vezes você grita e o cara não entende.
Eu sempre digo isso aos atletas: eu dou o treino, oriento, mas, dentro de campo, é um jogo que não dá tempo de o técnico ficar fazendo intervenções. O atleta tem que fazer a leitura, o setor defensivo e ofensivo precisam fazer a leitura. Por isso o tempo de trabalho te dá uma margem de segurança maior. É importante, eu também gosto de formar jogadores com leitura tática. Eu paro o vídeo e mostro novamente para que o jogador, quando se deparar com uma certa dificuldade, saiba o que fazer”, comentou Mancini.  

O comandante alvinegro também comentou a situação do jovem Marquinhos. Na estreia de Vagner Mancini, no empate por 2 a 2 com o CSA, o meia foi substituído no intervalo, dando lugar a Maicon Bolt. Já no jogo contra o Santos, ele ficou no banco de reservas. Mancini apontou que Marquinhos ainda não está maduro o suficiente, mas prometeu dar novas oportunidades. 



“O que eu vejo no Marquinhos? Vejo um grande potencial. E talvez você jogar um garoto numa situação dessas, esteja antecipando alguma coisa, ou de muito bom, ou de muito ruim. Eu, ao longo da minha carreira de mais de 15 anos, já tive a oportunidade de revelar grandes jogadores jovens. Mas eu vejo no Marquinhos ainda uma imaturidade que no jogo contra o CSA me chamou a atenção. Por isso, acho que preciso dar ao Marquinhos, assim como a outros jogadores - ao Bruno -, a possibilidade de conhecer melhor o sistema de jogo e a metodologia do Vagner Mancini.
Por exemplo: aqueles extremos que jogam na minha equipe, se eles chegarem numa certa altura do campo e devolverem a bola para trás, vão ser chamados a atenção, porque gosto da agressividade e que o jogador tente o drible. Contra o CSA, no primeiro tempo, não tivemos muito o jogo apoiado para que o Marquinhos pudesse fazer alguma coisa. Por isso optei pela saída dele. Óbvio que enxergo no Marquinhos uma grande capacidade, vai ser um jogador de futuro para o Atlético. Mas, neste momento, acho que outros atletas responderam mais rápido aquilo que estava sendo pedido. Mesmo com pouco tempo de treinamento, temos sensibilidade de saber que, de repente, o peso fica maior nas costas de um do que dos outros. Volto a te dizer que todos eles terão oportunidades e eu estarei atento. Se tiver de recolocá-lo na equipe, farei sem o menor problema”, garantiu. 
 
Com o triunfo sobre o Santos, o Atlético chegou a 35 pontos e permaneceu no 12º lugar da tabela. Na rodada seguinte do Brasileiro, o Galo enfrenta o São Paulo, no próximo domingo, às 16h, no Morumbi. 

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